domingo, 23 de dezembro de 2007

Duas faces.


Todos os dias convivemos com pessoas, seja em casa, na rua, na escola, ou em qualquer lugar.
Apresentamos a cada pessoa uma face nossa, e, por sua vez, vemos uma face do outro.
Dentro de cada pessoas existem duas faces... ou até mais. Um é o seu lado bom, somente qualidades, essência da pureza, seu yang... o outro é só maldade, sua parte negra, junção de todos os seus defeitos, seu yin. Porém, nenhum dos lados é o certo...
Se nenhum dos lados está certo, que caminho devemos trilhar? A resposta é simples: o caminho do meio. O bem não existe sem mal, o belo não existe sem o feio, o certo não existe sem o errado.
Preserve suas duas faces, preserve cada pensamento, guarde-os, eles lhe podem ser úteis um dia. Aprenda a controlar seus instintos, e terá mais uma força a seu favor. Aprenda a lidar com os limites do corpo, pra que saiba até onde pode ir.
Somos como o yin-yang, como a márcara da tristeza e da alegria... somos complementares. Tudo é complementar no ser humano, todo pensamento tem um ponto perfeitamente oposto. É procurar sempre compreender. Compreender vem de "comprehendere" (latim), e significa abranger, juntar, abraçar. Compreenda-se.

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sábado, 27 de outubro de 2007

Fronteiras Psicológicas

As piores limitações não são aquelas de fora pra dentro, e sim de dentro pra fora.
Nosso cérebro é um livro onde não se pode ler todas as páginas, pois muitas delas não são escritas por nós, porém o efeito destas em nossas vidas é direto, e muitas vezes, amargo.
E se tudo mudar de repente? Se seus planos não dão certo, talvez o erro seja você, talvez sejam as circunstâncias. Porém, devemos nos lembrar que não é possível ter domínio total de nossa própria vida, mas isso não impossibilita o direito de livre-arbítrio.
Livre-arbítrio: livre, simples, e arbitrário. Lei de ação e reação, causa e efeito, etc. Cansei de ser ioiô da vida... e se eu escolher não voltar? Não há escolha, a vida me puxa. O que a vida está fazendo comigo? Não importa! Somente importa-me o que EU estou fazendo com ela.
Meus medos impedem-me de viver melhor, então porque não livrar-me deles? Até parece que é fácil assim. Meus medos me dominam, a força que há em mim não é o bastante, minha vida não é o bastante, nem mesmo meu amor é o bastante. Meus fantasmas são cruéis, e tem a força de um deus.
Vencer etapas, saltar montanhas, superar fronteiras... nada disso é possível se o equilíbrio não partir de dentro de você. Somos um grande amontoado de células somado a um princípio inteligente. Temos capacidades ilimitadas e desconhecidas, cabe-nos busca-las e domina-las.
E todos os dias de manhã uma guerra é travada em meu peito, e flores e dores misturam-se a lamentos e canções e amor. É tudo uma coisa só, medos, amores e vidas, em infinitas possibilidades.

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Por todos os lugares.



Era noite, escura e fria noite. Não havia ninguém na rua, não haviam passos em casa, não haviam dialógos de novela, somente dois sons propagavam pelo ar: minha própria respiração e a linda voz da soprano que sai pelas pequenas caixas de som. Todo meu corpo flui com a música, e relaxe com o tênue cheiro do incenso de almiscar, e vou ao poucos tomando consciência de um novo estado, onde pensamentos são plenos, e sentimentos são calmos.

Minha consciência se expande por toda a casa, e ocupa todo o espaço... cada canto é invadido por meus pensamentos brancos, limpos. Expando-me ao quarteirão, ao bairro, a cidade... meus pensamentos não tem fim, crescem com o universo, pra todas as direções.
Aos poucos, minha consciência vai compactando-se, volta a minha casa, ao quarto, a minha cabeça, e fim. A música acaba.

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Guerra.


A Canção Do Senhor Da Guerra Soldados
Composição: Renato Russo / Renato Rocha Composição: Renato Russo / Marcelo Bonfá
Existe alguém esperando por você Nossas meninas estão longe daqui
Que vai comprar a sua juventude Não temos com quem chorar e nem pra onde ir
E convencê-lo a vencer... Se lembra quando era só brincadeira
Mais uma guerra sem razão Fingir ser soldado a tarde inteira?
Já são tantas as crianças com armas na mão Mas agora a coragem que temos no coração
Mas explicam novamente Parece medo da morte mas não era então
Que a guerra gera empregos Tenho medo de lhe dizer o que eu quero tanto
[e] Aumenta a produção... Tenho medo e eu sei porquê: Estamos esperando.
Uma guerra sempre avança a tecnologia Quem é o inimigo?
Mesmo sendo guerra santa Quem é você?
Quente, morna ou fria Nos defendemos tanto tanto sem saber
Prá que exportar comida? Porque lutar.
Se as armas dão mais lucros na exportação... Nossas meninas estão longe daqui
{Existe alguém que está contando com você E de repente eu vi você cair
Prá lutar em seu lugar Não sei armar o que eu senti
Já que nessa guerra não é ele quem vai morrer... Não sei dizer que vi você ali.
E quando longe de casa, ferido e com frio Quem vai saber o que você sentiu?
O inimigo você espera Quem vai saber o que você pensou?
Ele estará com outros velhos Quem vai dizer agora o que eu não fiz?
Inventando novos jogos de guerra... Como explicar pra você o que eu quis?
Que belíssimas cenas de destruição Somos soldados
Não teremos mais problemas com a superpopulação... Pedindo esmola
Veja que uniforme lindo fizemos prá você E a gente não queria lutar.
[e] Lembre-se sempre que Deus está
Do lado de quem vai vencer} repete tudo
O senhor da guerra não gosta de crianças...(6x)



domingo, 14 de outubro de 2007

Em função do medo.

Andando pela rua, já é noite, e lugares escuros podem, assim, esconder coisas indesejáveis. A tensão me toma, o coração acelera, a barriga é tomada por um frio desconfortante, meu corpo todo arrepia e sua frio. Minhas pupilas, agora dilatadas, buscam o máximo de luz que se pode ter. Minhas pernas, quase involuntárias, deslocam-se pra frente com velocidade... minhas mãos, cerradas, ficam úmidas devido a toda a carga de adrenalina daquele momento. Minha voz não sai, meus ouvidos se aguçam, assim como meu olfato.
De repente, vejo alguém na mesma rua, do mesmo lado, e vindo em minha direção. Devido a escuridão, não é possível o ver perfeitamente, ou talvez a ver perfeitamente. Agora mais próximo, e com mais medo, vejo algo prateado em sua mão. O reflexo da luz do poste naquele objeto me tira de foco, enlouqueço, e perco o chão. o medo agora se apodera totalmente de mim. E agora, do mesmo modo que um drogado procura algo mais forte, meu cérebro me traz uma sensação mais forte, o pavor. Vou seguindo em função do medo.
A cada passo que dou vou perdendo a consciência, e de repente, me vejo ao lado da pessoa. E ela me para(me fazendo quase entrar em pânico) e diz: quantas horas por favor? É que meu relógio parou e preciso ajustar. - Eu, totalmente em pane, com o corpo rígido, nada respondo.
Mais uma vez, o homem(agora bastante visível), exibe seu relógio prateado e pede-me que lhe informe as horas. Eu, ainda com medo, tiro meu celular do bolso e mostro-lhe o visor. Ele olha, agradece, e vai embora. Enquanto eu, vou para casa com uma lição à pensar na memória.

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

O tempo.

Um dia o tempo veio e me contou que tinha pressa, mas não acreditei nele, e me iludi dando tempo ao tempo. E agora, ele veio cobrar todo o tempo desperdiçado.
O tempo de estudar... e não estudei.
O tempo de mudar a vida... mas não mudei.
O tempo viver momentos inesqueciveis... que muitas vezes deixei perder por orgulho.
O tempo de aprender com os outros... e não apredi.
O tempo de ser o melhor, melhor do que sou... e não fui.
O tempo de contar a ela do meu amor... e nada falei.
O tempo de cantar as músicas que faço pra mim... e mal cantei.
O tempo de cumprir as promessas... e não cumpri.
E me lembrando tudo isso, o tempo disse: agora o tempo passou, e você ficou pra trás. Eu passei, você passou, o tempo passou e continuamos os mesmos... somos agora diferentes entre nós, no tempo que a vida deu, do tempo que a vida nos tira.
"Cadê seu tempo?" - Perguntou-me ele. E eu nada soube dizer. Porque o tempo passou por mim cobrando as promessas que espalhei no vento... e, indo embora, ele me disse: "Não voltarei mais... cada um tem seu tempo, mas cuidado, o tempo é curto."
E se foi.


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Agradecendo ao blog A otica de um miope pelo premio:


segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Ná árvore


Sentado na árvore, sozinho. O brasulho do vento nas folhas acalma, passarinhos cantam melodias lindas, música da natureza, da liberdade. O vento aumenta, e o barulho parece chuva. Respiro, respiro fundo. E sinto-me parte do ambiente, integrado na energia da natureza, força que tantos desconhecem... O galho onde estou é firme, mas ainda assim, balança num movimento calmo. Começo a cantar, música brota da alma. A minha voz e o vento. A mochila está pendurada num outro galho da árvore. Vejo folhas caindo, deslizando. escolho subir mais, e mudar de galho.

Pronto, estou num galho mais alto, o vento é mais forte e meus cabelos balaçam muito. Vejo meus amigos brincado, parecem crianças, e talvez sejam... Amigos, talvez sejam amigos. Uma palavra? Saudade! Outra? Música!

O ventou acalmou, as folhas já nem balançam tanto. Ops, voltou, o galho que estou balança muio, muito mesmo. E me sinto sozinho. Estou a uns 6 metros do chão. è lato, bema lto. Vou descer, e quanto a natureza, é bom vê-la ao meu redor.

sábado, 22 de setembro de 2007

Quando fores...


Quando fores flor... serei grama

Quando fores chuva... serei pingo

Quando fores sol... serei estrela

Quando fores gelo... serei frio

Quando fores casa... serei abrigo

Quando fores dúvida... serei interrogação

Quando fores floresta... serei árvore

Quando fores abelha-rainha... serei operário

Quando fores corda... serei laço

Quando fores fruto... serei semente

Quando fores revoada... serei pássaro solitário

Quando fores embora... levará junto meu coração

E quando eu for embora deixarei a sombra das asas de anjo.

sábado, 15 de setembro de 2007

Diversas histórias - Volume VIII


O caminho do meio...

Segui por um caminho, era fim da tarde... rumava em direção o por-do-sol. A visão embaçada pela luz, o marron avermelhado da estrada, as árvores ao longo do caminho, o cheiro das flores, uma mochila azul nas costas, um caminho bifurcado e uma escolha... o da direita? Ou o da esquerda?
Naquele momento vi uma árvore de grande copa a beira da estrada, e sentei sob a sombra pensando em qual dos caminhos seria o melhor. Me destrai com a cor que o por-do-sol emanava e com o formato das nuvens. Quando dei por mim já estava escuro, teria de pernoitar ali.
Abri minha mochila e peguei uma surrada blusa de frio pra me cobrir, comi o pouco que sobrara da comida e dormi, apesar de tudo, confortável.
Acordei com o nascer do sol, o vento era frio e úmido, mas agradável. Olhei mais uma vez para o caminho... e, por deja vu, lembrei de meu sonho. - Estava ali, naquele mesmo lugar, e seguia o caminho da direita, nele, encontrava um rio com muitas pedras e algumas árvores em volta, passando pelo rio havia uma placa, não lembrava-se do que nela estava escrito... seguia em frente até achar um povoado. E tudo ficou preto. Voltou então a bifurcação, seguiu o caminho da esquerda... encontrou o mesmo rio, porém agora mais forte e extenso, sobre ele havia uma frágil ponte de madeira, seguiu por ela, parando no ponto central para olhar a água... seguiu em frente e encontrou-se numa densa floresta, não havia trilha, placa, ou sinal algum que ajudasse. Novamente tudo ficou preto. - Estava então deitado embaixo daquela árvore, coberto com uma blusa de frio, o sol no horizonte, sim, aquilo era real.
Me levantei, olhando atentamente para a bifurcação... teria sido o sonho um aviso, uma ajuda? Não sabia dizer . Decidi então não seguir caminho algum, e fui, pelo mato, fazendo meu próprio caminho, o caminho do meio. Após algum tempo de caminhada, com o mato já mais denso vejo algo em meio as plantas... era uma placa. Me aproximei e nela estava escrito: somente aquele que segue o caminho do meio pode alcançar a felicidade dentro de si.
E segui em paz.

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Diferente... desculpe, não faço por mal...

É, já me acostumei a ouvir coisas como: do contra, revoltado, estranho, etc... tudo por ser diferente. E é assim que a maior parte das pessoas vêem as coisas, o que é diferente não é válido, o que é diferente incomoda e faz mal. Faço mal? Desculpe, não é por mal. Cansei disso tudo, cansei de ser o estranho do grupo, cansei de me esforçar pra ver o que é formal como o melhor... que coisa pouca é isso. Não consigo me conformar a ver tudo com olhos tão pobres, com interpretações tão medíocres. Será que sou tão fora de contexto assim? Penso que não, pensam que sim. "Você sempre discorda de tudo, só pra discordar mesmo!", frase aparentemente boba não é? Não, não é. Ela cheia de palavras não ditas, de frases que ficam presas na garganta, de idéias que não se tranformam em voz. Não é isso que quero pra mim, não quero ouvir aquilo que, conscientemente, acho inadeqüado. Sou diferente sim! Ainda que choque. Sou cabeça-dura sim! Ainda que não aceitem. Quero um mundo diferente sim! Ninguém se conforma com o que está aí mas pouco se faz pra mudar tudo isso, então me deixem seguir em frente. Não tentem me fazer mais um de vocês, de vocês iguais, de vocês que evitam pensar, de vocês que preferem a facilidade da mesmice. "Não quero ser como vocês, eu não preciso mais, eu já sei o que eu tenho que saber, e agora tanto faz...".
E se um dia eu me tornar indiferente a tudo isso saibam que parei de pensar, e me tornei apenas mais um.

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Campanha "Você tem medo de quê?"

Bem... criei essa campanha no intuito de conhecer melhor os outros blogger's que passam por aqui... O desafio é o seguinte: você deve refletir a respeito de qual seu maior medo, e fazer um texto tendo-o como tema. Depois deve indicar mais três blog's para fazer o mesmo e assim vai.

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Medo da solidão

Tenho medo da solidão... você também? Sim, você também. Todos nós temos medo de ficarmos sozinhos... isso é fato. Às vezes é bom ficar sozinho.... porém, não é bom viver sozinho. E por isso tememos tanto. Imagine-se daqui a 60 anos, com seus quase 80 anos, totalmente sozinho... seus vizinhos mal falam contigo, não possui nenhum animal de estimação, não tem filhos, esposa, nem mesmo uma empregada. Ninguém pra conversar. Parece desesperador não é? Que fim trágico pra uma vida tão longa...
Certamente, viver sozinho é algo impossível, de qualquer forma você depende das pessoas, seja do padeiro de quem você compra pão ou do empregado da fábrica que fez o calçado que usa... a vida é um ciclo onde todos dependem de todos.
A solidão leva a depressão, e todos nós, por já termos nos sentido sozinhos, tivemos algo que chama-se crise depressiva, e isso gerou(a) sofrimento... logo, a solidão faz sofrer, e é por isso que evitamos tanto a solidão...
Bem, encerro por aqui minha explicação sobre o medo da solidão. E você, de quê tem medo?

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O três blog's desafiados são:
O blog do Hélder.
O blog da Menina do Reggae.
E o blog de Gracy.

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Diversas histórias - Volume VII


A menina do segredo...


Sempre fui um menino comum, e discreto. Porém, no 2º ano do ensino médio algo não premetidado me ocoreu... bem pra que vocês entendam bem o fato é necessário explicar o contexto. Naquele ano o colégio resolveu juntar todo o ensino médio em um projeto... deveriam ser montados estandes que retratassem a evolução da música ao longo da história. Todo o corredor principal foi ocupado com pequenas barraquinha e divisórias de malhas e tnt's... e a iluminação do lugar ficou por conta dos castiçais com velas nas paredes, começa aí meu grande martírio...

Trabalhamos por uma semana pra organizar tudo, quanto trabalho nós tivemos! Mas valeu a pena, porque quando terminamos não se reconhecia mais o corredor, era sim uma grande galeria da história da música.

Às 9:00h da manhã os estandes foram abertos ao público, e os alunos do fundamental ocuparam todo o lugar... era encantador ver tantas pessoas com suas atenções voltadas para a música. Porém, em meio àquele mundo mágico algo terrível aconteceu... sem intenção alguma derruma uma das velas em cima da divisória, e rapidamente o fogo se espalha. Ao olhar pro lado vi o rosto de uma garota do 1º ano... e ela, olhando-me profundamente, levou o indicador aos lábios em sinal de segredo.

O caos havia tomado conta do lugar, diversas pessoas corriam uma pra cada lado, tornando tudo ainda mais difícil. Os painéis de papel madeira, agora queimados, caiam sobre as malhas, os alunos do ensino médio tentavam tirar o máximo de coisas que podiam. A fumaça se espalhava pelo corredor, pessoas tossiam compulsivamente. Em alguns minutos, estava tudo acabado... muitos alunos, desesperados, choravam alto, e eu, ainda assustado e decepcionado pelo que fiz, me calava. Foi aí que alguém tocou-me o ombro, era a mesma garota que havia pedido segredo... em seus olhos uma ligeira expressão de pena. Tentei esquecer tudo aquilo e só voltei ao colégio dois dias depois.

Cheguei abatido, constrangido, desmoronando. Queria fugir, queria correr, queria chorar,e nada fiz. Andei até a minha sala, e no caminho, inesperadamente, encontrei com aquela garota mais uma vez. E ela disse: Vi o que você fez, e não te culpo por aquilo... não teve a intenção e é isso que importa. - E saiu pelo corredor, quieta e vagarosa.

Às vezes eu ainda a via nos corredores, cumprimentava, por hora até acenava, mas sinceramente, eu a evitava profundamente.Terninei o 3º ano e não mais a vi, porém, eu tinha a certeza de que aquele segredo estaria pra sempre bem guardado.

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Diversas histórias - Volume VI


João, o palhaço que não sabia sorrir


João nasceu num circo, sua mãe era trapezista, seu pai, mágico. A alegria estava sempre presente em sua vida, assim como o infantil e constante sorriso no rosto. Por ser tão sonhador, sua infância fora fantástica, o ambiente circense transformava seu mundo imaginário em realidade, e assim seguiu até sua adolescência.

Nessa nova fase de sua vida, outros elementos começaram a surgir. João foi aos poucos percebendo que a alegria do circo era algo puramente encenado, e que todo aquele espetáculo, que tanto lhe encantou na infância, era uma grande mentira. Com isso, João foi aos poucos deixando de sorrir. Não mais ria das mágicas, não mais se impressionava com truques, não mais domava leões, não mais se aventurava por cordas ou trapézios... Percebeu então que não queria mais nada daquilo, e, pela primeira vez, viu a dura realidade da vida de palhaço... Com sua maquiagem exagerada, com seus sorrisos forçados, com suas piadas bobas.

E João continuou a crescer, porém, agora carregava em seu peito a dor de ser palhaço. Os sonhos fugiram todos de seu coração, exceto um: o de mudar tudo aquilo, e não mais viver de circo. Ele sabia que cada sorriso dado em cena valia por muitas lágrimas nos bastidores, e ao ver no espelho seu rosto transfigurado pela maquiagem borrada por seu pranto ele pensava: siga seu destino João, és tú o palhaço que não sabes sorrir, porquê insistes em tal desgosto? - E ele mesmo respondia: Viver de palhaço, é este teu futuro reservado. Mude seu destino e comece do zero, sozinho.

O tempo foi passando e as angústias de João somente aumentavam, corroendo-lhe os poucos sentimentos bons que lhe sobraram da infância. Agora, ele não mais vivia... sobreviver era o bastante. João ficou adulto, e o tempo continuou a passar. Até que um dia, ao deslocar-se de uma cidade pra outra para mais uma apresentação, um grave acidente ocorreu, acidente este que fez João perder seus pais. Desesperado, ele não sabia mais o que fazer, se antes não tinha tanto, agora menos ainda. Agora eram somente João e o circo. João e sua maldita herança.

Após cuidar do funeral de seus pais, pensou em vender o circo ir embora pra qualquer lugar do mundo, sair sem rumo até que a morte lhe encontrasse em algum bar na beira da estrada. Mas não foi isso que fez. Ele, João, o palhaço que não sabia sorrir, fez algo totalmente inesperado, até mesmo pra ele. Passado algum tempo, ele transformou seu circo numa pequena escola para aprendizes de palhaço, e foi aos poucos transformando sua dor em alegrias. E vendo aquilo dar certo, João decidiu se aventurar pelo mundo, e foi isso que fez. Ele, seu circo-escola e seus aprendizes. E depois de tanto tempo João pode novamente sorrir.

sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Sentados na praça...






A brisa da noite, o cheiro das flores, a lua entre as árvores, as mãos dadas, uma música tocando longe, amigos sentados em circulo, sorrisos de alegria, vontade de eternizar tudo aquilo. Apenas sentado na praça, rodeado de amigos, olhando próprio reflexo na água. Não queria mais nada, somente viver aquilo.

sábado, 25 de agosto de 2007

7 Fatos Casuais

Bem, Hélder me indicou pra participar de uma espécie de brincadeira, ela consiste em citar 7 fatos da sua vida... bem vou tentar...

1- Passar no cefet
Algo inesperado, foi na verdade fruto de uma aposta. Eu queria passar pra vencer a aposta, e perder pra continuar no meu antigo colégio. Hoje, não seria capaz de cogitar a possibilidade de perder. Que família, que loucura, que desespero é esse lugar... a ponto de me fazer fugir do mundo, ao mesmo tempo me prende aqui mais do quê nunca.... Amigos, música, esporte, conhecimento... O Cefet, meu colégio.

2- As 3 viagens...(cefet, novamente)
Momentos maravilhosos, pessoas fantásticas, paisagens indescritíveis, tudo. Instantes que passaram tão rápido devido a perfeição, mas ficarão sempre na memória.

3- Campeonato de basquete e treinos
Eu, 8ª série, bem mais novo, bem menor, bem mais magro. Disputei aquele campeonato como um gladiador numa arena de luta, fiz o máximo dentro de minha mínima capacidade... Meu time ganhou o ouro(adivinhem quem foi a prata?? cefet!!! começava aí nossa ligação..), voltamos andando pro colégio, nas mãos um trofeu simbolizando a vitória... E nos 3 anos que se seguiram continuei treinando, esporte é vida...

4- Os eclipses
Dia 22 de setembro do ano passado, um dos dias mais felizes da minha vida, mal sabia eu o que viria um dia depois... Bem, nessa manhã do dia 22 tirei todos do 1º e 2º ano da sala pra verem o eclipse lunar, os professores brigaram comigo mas valeu a pena... fiquei vendo-o até o último instante... Eu e Candy(graaaaande amiga, irmã...). Voltamos atrasados pra sala, eu boquiaberto, ela chorando.

5- Férias com Natália em Maceió
Um mês inteiro de grandes pessoas, momentos, praia, violão, natureza... eu e essa minha grande "amiga-sol"(termo do qual nos chamamos)... Ná, nunca esquecerei daquele momento, eu, você, Anália e Sarah(primas de Natália, 9 e 7 anos, respectivamente) tendo de atravesar aquele trecho de uns 3 metros, o mar puxando, o tempo se passando, o medo de chegar atrasado, a gente tentando não molhar as roupas nem o seu cel... que situação. Faria tudo outra vez... Foram férias perfeitas.

6- O dia da revolta
Bem, foi na 6ª série. Eu não gostava da minha sala e eles não gostavam de mim... Um certo dia montei um plano e fiz uma carta, afixei ao mural da sala, e todos me detestaram mais ainda, e foram obrigados a me aturar... depois disso tudo mudou. Terminei o ano um pouco simpático com alguns... Na 7ª e 8ª me tornei querido por quase todos no colégio, quase...

7- Perder meu irmão
O pior fato da minha vida, aconteceu logo um dia após o eclipse(citado anteriormente)... foi terrível, é terrível. Anteotem completaram-se 11 meses após isso, e essa ferida continua aberta, e provavelmente ficará, por toda minha vida... O Léo foi o irmão perfeito, o filho perfeito, o aluno perfeito... ele era sempre o melhor, em tudo. Meu querido irmão, te amo demais.


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Continuando a brincadeira, indico mais sete blogs:

Blog de Breno.
Blog de Isac(mudo).
Blog de Rick.
Blog da Menina do Reggae.
Blog de Samantha.
Blog de Stella.
Blog de Gracy.

terça-feira, 21 de agosto de 2007

Escolhido perdedor..

Era apenas um garoto... desde pequeno sempre lerdo, sempre fraco, sempre estranho. Todos o julgavam e por muito isso o fazia sofrer.Vivia sempre em seu próprio mundo, viajando em grandes leituras, em formatos de nuvens, em folhas de árvore... sempre sozinho. Cresceu um pouco, mas não tinha amigos, todos os garotos da sua turma eram infantis, enquanto ele, maturidade demais pra tão poucos anos. O tempo continuava a passar e ninguém notava sua presença, em qualquer lugar que fosse, socialmente invisível.
No colégio, sentado só no chão do corredor, ele via casais transitando de mãos dadas, ou abraçados, e dentro de seu sombrio coração ele sentia inveja, não dos beijos e afagos, mas da companhia, daquelas amorosas e tão desejadas companhias. E quando estava sozinho em casa, algo nada raro, chorava, gritava, enloquecia de só, de tão só, sua solidão era quase palpável. Porém, quando alguém chegava ele limpava o rosto, e nada demonstrava de sua insegurança, de seus medos, suas dores. Talvez por isso todos o vissem e ninguém notasse.
Inutilmente ele se culpava por sua situação, e por muitas vezes buscou em sua própria postura algo que o isolasse das pessoas. Dentro de si somente um pensamento reinava, fora ele escolhido pela vida para perder, e servir assim de modelo, um modelo mau que não deve nunca ser seguido. Porém um dia, em mais uma de suas reflexões, ele lembrou-se de algo que leu em um de seus tantos livros de auto-ajuda: "Quando sentires o peso dos olhos do mundo em suas costas, lembre-se que é somente um ser humano, e humanos falham. E nada deve ser pra você mais importante que seu próprio sentimento, ame-se, cuide-se, busque a felicidade e os bons frutos virão por si mesmos...". E com isso ele resolveu mudar, e não mais se culpar por seus defeitos, mas se amar por suas qualidades. Aos poucos foi fazendo amigos, amando outras pessoas, abrindo-se por mundo. E foi aos poucos se tornando um novo alguém, mas apesar de ainda diferente ele agora sabia o valor dos ensinamentos da vida, e mostrava a aqueles que gostava o valor de observar o íntimo das pessoas, e não julga-las por seu exterior. Hoje, ele é um alguém muito amado, e respeitado. Talvez a solidão tenha lhe feito bem, mas foi sim o amor, o amor proprio, que o salvou do bom perigo que é viver.

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Irrealidades fantáticas (Volume I) - A Garota

Estava, como sempre, distraído. Olhava para o nada atentamente, talvez fosse necessidade de ver algo novo, belo.Fiquei alí, sentado, refletindo sobre a perspectiva de uma rotina cansativa.Desisti de mudar o cotidiano da minha vida, e fui andando pelo corredor, foi aí que me surpreendi...Dois olhos brilharam pra mim, e piscaram, combinando com um belo sorriso, e ela disse: oi.Eu, bobo pela situação, respondi fracamente um "oi".Seus cabelos, sua boca, sua pele, tudo tão perfeito...Fui andando por outro corredor, diversas pessoas passavam por mim, muitas delas eram conhecidas,alguns comprimentaram-me, ou somente acenaram de longe, e eu, como sempre, respondi a todos.Entrei no banheiro, olhei-me no espelho, vi minhas olheiras, meu cabelo cacheado sempre bagunçado, minha boca pequena...Fui pra sala, ainda pensando naquele sorriso, naquela garota, e não consegui concentrar-me em mais nada, em minha cabeça aquela imagem permanecia passando, como um filme, repetindo-se várias vezes.Eu olhava pro balanço das folhas da árvore da janela, e lembrava do cabelo balançando enquanto ela caminhava..."Porquê? Porquê eu nunca havia reparado nela, na beleza que ela tem"... algo bobo interrompeu meu pensamento, e decidi não voltar no encanto daquela garota.Olhei no relógio, era horário de intervalo, e todos saíram da sala, como de costume, porém permaneci lá, sentado no chão, com os olhos fechados, ouvindo minhas músicas prediletas...Alguém me tocou a cabeça, e eu, como se houvesse sido acordado, vi embaçadamente uma imagem na frente ir tomando forma e nitidez.Meu coração disparou, fiquei sem cor, era ela, com aquele sorriso que aquece até o último canto do meu coração...Eu, ainda sem jeito, me levantei, mas nada consegui dizer. E ela adiantou-se, dizendo:- Obrigado por seu sorriso hoje mais cedo, foi tão autêntico, tão cheio de vida, que não consegui não pensar nele...E após suas surpreendentes palavras ela riu, era um sorriso quase infantil, encantador, puro.E eu, como quem sofre um pequeno lapso de memória, apenas ri, mal sabendo o que estava fazendo.Como tomado por uma força externa, decidi abraça-la. (Foi aquele o abraço mais gostoso de minha vida)Ela, até parecendo um velha amiga, retribuiu o abraço, e eu pude então sentir teu perfume, sua pele macia,e seu coração pulsando forte...Quando olhei em seu rosto vi os mesmos olhos brilhantes, talvez até mais agora, pois estavam um pouco úmidos.Ela estava tão maravilhada quanto eu... era um momento mágico.Alguém, bruscamente, entrou na sala, fazendo grande barulho com a porta.Nos assustamos e nos afastamos rapidamente. Aquilo não fora bom, porém, gargalhamos largamente da situação.E ela se foi corredor a fora, e a segui com o olhar...Senti-me então vazio, como se parte de mim houvesse ido com ela.E voltei pro chão, para as minhas músicas prediletar, pra minha rotina cansativa.Aos poucos, as pessoas foram voltando pra sala, e eu via rostos sérios, olhos medrosos.Pensei comigo: "Espero que um dia, nem que por um mero instante, eles possam sentir a mágica de quebrar a rotina com coisas tão simples, e belas..."E depois desse dia, nunca mais a vi sem que lhe desse ao menos um "Bom dia" e um abraço.Dois amigos, que guardavam em si mesmos o segredo do momento perfeito: um sorriso, dois olhos brilhantes, e um "oi".


Breve nota: fosse antes realidade talvez não precisasse sonhar.

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Para Lu.

Diferente. Não pertence ao mundo dos números, está além.
É do mundo da poesia, dos sonhos, da música, da liberdade.
De um mundo só seu, que faz brilhar os olhos de quem o vê.
Tal qual criança, brinca com as palavras, com uma habilidade tal pra forjar textos de profunda percepção de mundo, que derramam sentimento sobre nossos corações.
Dama da beleza, que habitas(talvez por engano) a realidade... Que, por meio da tecnologia, conseguiu trazer até mim esse mundo só seu, e me trouxe esperança pra novamente acreditar na vida, na força das palavras...
Quando se entristece, fecha-se sozinha, dentro de seus pensamentos... e depois brota, como as belas flores, radiante de vida. E vem dizer suas palavras, de sentimento, de reflexão, de revolta, de renúncia.
Quem sabe um dia, poderei entender teu mundo, e conhecer sua história. E ler ás páginas do livro da sua vida, aquelas que você guarda dentro do armário da consciência, trancadas a sete chaves.
Inspirada, é sempre amiga. E quando visitada pelo espírito da música, canta. Quando inundada pelo espírito da poesia, escreve... E assim vive, de um jeito só seu, uma vida poética e intensa. Diferente.

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

O Vento.

Não entendo ao certo, mas tenho uma relação estranha com o vento.... posso entende-lo, sentir a dimensão, a força, a energia. Sou parte dele, e ando com ele, vigiando o mundo. Invadimos casas, bosques, praças, corpos... E quando passamos por ela, levamos seu perfume à todos, espalhando beleza por todos os cantos.
Quando estou triste, o vento sopra forte e bravo, e balança árvores, espalha papéis, esvoaça cabelos, carrega os pingos de chuva que mais parecem lágrimas, minhas lágrimas... Pra mostrar pra ela que eu também sofro, e que quero atenção...
Quando fico feliz ele fica calmo, leve, chega a ser chamado de brisa, pois tem um frescor que tranqüiliza o peito, ameniza a alma...
Quando quero rir ele ri comigo... e quando grito ele espalha pelo mundo angústias e lamentações que digo baixinho, somente pra mim... E quantas vezes ele não me tras novidades, e notícias dela...
O vento, meu grande amigo, meu grande aliado...

sexta-feira, 3 de agosto de 2007

Diversas histórias - Volume V

No labirinto da memórias

-> Nota do Autor - Dizem por aí que vivemos de lembranças que ainda não temos, ou seja, o futuro é algo que pode ser lembrado, mas não é disso que quero falar, memória é tudo aquilo que é armazenado no cérebro, seja gosto, cheiro, cor, formato, etc... Podendo ser também uma lembrança completa, pois bem, é disso que quero falar... <-

Andava sozinho por um corredor, onde belos campos de flores azuis serviam de estampa para as paredes... O tempo estava úmido, e o clima frio. Andava descalço, pisando no chão coberto superficialmente por musgos de textura curiosa, e fria. A iluminação era baixa, quase toda proveniente de outro cômodo, ao final do corredor, isso lhe lembrou uma solitária, tal qual aquelas descritas pelos professores de História quando falam das torturas usadas na ditadura.
Seguiu em frente até alcançar a sala iluminada... tudo nela era branco. Havia um sofá, onde pulou pra testar a maciez, era tão confortável... Havia também uma lareira, branca, onde uma madeira(também branca) que queimava emitia um chama que de tão alva confundia-se com a parede branca ao fundo. Nossa, os olhos até doíam. A temperatura era muito agradável, e o ar era leve e brando. Sentiu-se na sala de espera do dentista, onde tudo era limpo, confortável e perfeitamente branco. Do outro lado da sala haviam 3 portas, todas brancas.
Escolheu a do meio, e a primeira coisa que notou ao abri-la era que o outro lado era marrom, como qualquer outra porta. Era um corredor repleto de coisas, lembrava muito o quarto da bagunça, onde guardava coisas tralhas não mais usadas. Era um lugar muito empoeirado, que lhe fez espirrar algumas vezes... Passou por toda aquela bagunça e abriu uma porta que, de tão velha, rangeu estridentemente. Do outro lado, era somente uma porta nova, de madeira comum, que abria e fechava sem barulhos.
Esse novo cômodo era bem familiar, a sala de troféus do seu colégio... Prateleiras de vidro onde brilhavam símbolos do heroísmo, da garra e da dedicação ao esporte. Premiações que não expressavam o suor do esforço dos treinos, nem o cansaço dos atletas, nem o desgaste físico e psicológico. Um mera sala que os diretores exibiam a todos como se houvessem participado ativamente de tudo aquilo. Por falar em diretores, caminhou até a porta da sala do diretor, na qual esteve presente por diversas vezes, ora pra acusar, ora por ter sido acusado.
Ao abrir a porta tomou um susto, quem estava sentado naquela poltrona, atrás da mesa atolada de papéis e outras bagunças, era ninguém mais do que ele mesmo! Passou algum tempo adimirando a ele mesmo, bem mais velho, sentado ali... havia se tornado somente mais um diretor imerso em montanhas de papéis e problemas. Bateu a porta com força, mas estranhamente, não voltou pra sala de troféus...
Era um laboratório, pipetas, tubos de ensaio, microscópios, freezeres, bisturis. Era o laboratório de biologia, e seu cheiro embriagante de nada, vez ou outra confundido com cheiro de hospital. Lembrou-se de suas notas terríveis nessa matérias, abriu a porta e correu.
Estava descalço de novo, pisava na grama, o cheiro leve dos ventos da manhã chegava-lhe as narinas, e a brisa balançava-lhe os cabelos. Algumas árvores, com muitos frutos e flores, coloriam o ambiente, e uma estrada longa e estreita levava a uma casa... Lembrou-se vagamente daquele sítio, já estivera ali, só não sabia quando. No meio do caminho havia uma bifurcação(e não uma pedra, kkk), um lado ia até as portas da casa enquanto o outro levava a uma porta, que estranhamente apoiava-se no nada. Pensou na diversão e na sensação gostosa de adrenelina nas veias, escolheu a porta solitária. E ao abri-la o ambiente mudou.
Estava agora com um uniforme, que lembrava-lhe um escoteiro. Pisava num chão duro, e via no horizonte um árvore grande com folhas muito verdes. Estava quente, muito quente, e os fracos ventos que passavam nada influenciavam na temperatura. Aquele ambiente, ele conhecia, nunca havia estado ali, mas aquela paisagem... Havia visto no livro de geografia, chamava-se savana. Lembrou-se de leões, hienas e outros grandes carnívoros e correu, na maior velocidade que pode, até a árvore. Ao chegar, bastante ofegante, subiu e viu que no alto dele havia uma porta. Foi até ela e abriu.
................ Sentiu-se tão pequeno. Olhou pra frente, viu um cercado, brinquedos coloridos estavam no seu colo. Um choro de criança alcançou-lhe os ouvidos. Olhou então para suas mãos, tão pequenas, seus pés, também pequenos,e sentiu algo grande em torno da sua virilha, estava de fralda. Sim, agora sabia onde estava, estava na creche, e o doce cheiro de perfume infantil, misturado a talco estava no ar. Esforçou-se um pouco pra ir pra frente e abriu a porta do cercado. E o ambiente mudou.
Era um corredor comum, sem portas, fechado em cima. Correu pra um dos lados, havia outro corredor, seguiu em frente frente e viu que ele se dividia em mais dois. escolheu o caminho da direita. Andou até o corredor se dividir novamente, foi agora pra esquerda... Um medo tomou-lhe o peito, concluiu então que aquilo era um labirinto. As paredes estão se encheram de memórias, imagens, sons, tudo tão real. E agora? Como sair? Gritou desesperadamente e correu, passando por vários corredores, todos se dividiam em 2, em cada um lembranças diferentes. Resolveu se sentar, seu coração batia muito rápido. A temperatura era normal, assim como a umidade, as paredes repletas de imagens, pequenos vídeos, e haviam então diversos barulho e cheiros algum no ar. Um pensamento lhe passou pela cabeça, ele realmente nunca estivera alí, não fisicamente. Mas aquele ambiente estava em seu cérebro, era ele, o labirinto da memória, para isso só havia uma explicação... Havia lido aquilo! Viu derrepente o teto se abrir e uma luz tomar o ambiente. Viu-se então no seu quarto, porém, em dimensões assustadoramente grandes. Olhou pra baixo e viu letras também muito grandes, havia saído do livro, deveria estar em cima da sua cama. Andou até a beirada, nossa como era alto. Foi até a cabeceira da cama, deitou-se no travesseiro, e simplesmente cresceu. Que pena, tudo havia voltado ao normal... Estava liberto do labirinto das memórias, bem vindo a vida real.

sábado, 28 de julho de 2007

Cansado

Cansado de pensamentos que gostam de pensar por si...De sentimentos que amam a tudo e todos incondicionalmente...
Cansado das poesias que não fiz, dos livros que não li...Das coisas que me arrependi por ter feito antes de fazê-las...
Cansado dos olhares em vão para pessoas, ou para o nada...E também dos dramas e romances que vi, li e senti...
Cansado da mão afagando meu próprio cabelo...Ou massageando os tensos nervos das costas...
Cansado dos estudos que não usei, e dos que fingi aprender...Assim como daqueles que me neguei a aprender, mesmo sendo eles corretos...
Cansado da vaidade, da ira, e de todos os meus pecados...E também de minhas músicas que nunca foram ouvidas...
Cansado de brigar com moinhos de vento, vendo coisas que não existem...Eminha mania de conspiração universal...
Cansado da teimosia que não me abandona por nada...É ela a mesma que me fez cair, ou ganhar na garra...
Cansado de ser tão desastrado, e errar tudo na hora errada...E da vergonha que sinto quanto me vejo tão imperfeito...
Cansado das muitas tentativas de mudar...Que mudaram, mudaram, e não mudaram nada...
Cansado de minhas amarguras, e do gosto de ferro na boca...E também dos machucados e dores que senti e tive medor de falar a alguém...
Cansado de alterar a realidade das pessoas...Mesmo elas não tendo pedido ou necessitado...
Cansado de ocupar excessivamente meu tempo tentanto ocupar o espaço em mim...E não ocupando nada, além do tempo que demora pra me recuperar dos esforços...
Cansado das cobranças que circulam minha mente a todos os instantes...E que muitas vezes chego a confundir com minha consciência(seria minha mesmo?)...
"Cansado de correr na direção contrária... Sem podium de chegada ou beijo de namorada"...
Cansado da minha diferença que choca ferozmente as pessoas...Me fazendo muitas vezes ter medo de mim... e falando neles...
Cansado de meus medos absurdos e tão idiotas...E também de minha infantilidade exacerbada...
Cansado de dizer palavras que mutilam o peito e acertam a alma...Ou ainda de palavras doces e confortantes pra manter amizades...
Cansado do pouco importa...E do desprezo que alguns tem(e também eu)...
Cansado de ter tanta vergonha sob minha extroversão...E tentar sempre não demonstra-la...
Cansado de amigos que pouco querem, não são amigos...E também do medo de decepcionar os poucos que tenho de verdade...
Cansado de fórmulas, técnicas e regras que não me ajudam em nada...Que enchem minha mente inultilmente...
Cansado dos gritos que não dei, das lágrimas que não derramei...Do "eu te amo" que não foi dito...
Cansado das preces que não fiz...E dos medos que não me deixei ter...
Cansado do medo de sentir, que muito me atormenta...E que me leva pra um mundo meu, mas nem sempre bom...
Cansado das fantasias que deram errado...E daquelas que não me deixaram sonhar ou viver...
Cansado de gostar de tudo que ninguém gosta...De ouvir melodias que tocam-me profundamente, enquanto noutros nenhum efeito tras...
Cansado de dar e receber conselhos...E de escrever belos textos que rasguei(ou guardei na prateleira) ou que nunca foram lidos...
Cansado de ler subliminarmente, de ver o íntimos das pessoas...E também de jogar com elas, brincando com seues sentimentos...
Cansado de expressões feitas que todos usam constantemente...E daquelas que também uso, mesmo sem querer...
Cansado da influência que implico sobre os que convivem comigo...E sobre as respostas que isso traz, e a influência que me atinge...
Cansado de atrair confusões e inimigos...Mesmo buscando fazser tudo certo e não errar...
Cansado de não conseguir me superar...E da decepção que meus curtos limites trazem...
Cansado da minha síndrome de doença, aliada a vontade de querer atenção...Mas nem sempre pedi-la, nem correr atrás...
Cansado de um coração que dispara por qualquer coisa...E que muitas vezes me coloca em ciladas perigosas...
Cansado de ser o pior em tantas coisas...E não descobrir meus "dons"(se é que existe isso)...
Cansado da minha resistência fraca, e do meu corpo tão magro...Que por nada desenvolve...
Cansado da luta entre razão e emoção, beleza interior e exterior...Conflitos que se batem a todos os instantes, me apertando no meio deles...
Cansado dos julgamentos injustos que foram feitos comigo...E dos julgamentos errados que fiz e faço, e sempre farei...
Cansado de ser sempre amigo, e ter sempre o mesmo sorriso estampado no rosto...Mesmo quando eu não estou feliz, e não quero ouvir perguntas...
Cansado de me doar tanto a meus amigos...E muitas vezes vê-los longe de mim, ou ainda me temerem...
Cansado das amizades que se perderam, tal qual água segurada com as mãos..Escorregaram e não mais as tenho...
Estou cansado, assim como você deve estar, cansado de me ouvir falar pelos cotovelos, cansado da minha mania de ver todos rindo e felizes, cansado estou, cansado estás, cansados estamos.

domingo, 22 de julho de 2007

Segurando palavras...

Não sei mais, até quando conseguirei segurar palavras... Pensar cada palavra ou idéia antes de falar, e viver em função disso, sem descanso. Pois quando estou contigo fico bobo, perco a fala, viajo em cada pensamento seu.
Minhas frases, cheias de conteúdo e significância, escondem segredos que não consigo dizer... No meio de tanta extroversão uma timidez se esconde dentro de mim. Mas quando estou sozinho, sopro seu nome pro vento levar, e gaurdo em mim a tristeza da minha covardia, covarde comigo! E reprimo cada pensamento, segurando palavras, e transpirando emoções.
E quando me deito, esforçando-me pra esquecer-lhe por algumas poucas horas, meus olhos se fecham pro mundo, mas ainda vêem a ti. E quando o sono vem e me leva, meu espírito voa até você... E ao chegar, invade-lhe a janela, como um vento da madrugada... E afago-lhe os cabelos e a face, beijo-lhe a testa, toco sua mão, apertando-a. E vou embora.
E quando acordo, palavras ainda ecoam em minha cabeça... E penso em como lhe dizer o que quero, sem medo, sem segurar palavras... Então respiro profundamente, e desisto.
Os minutos se passam até que a vejo... Lhe abraço apertado, minha cabeça é inundada por frases, frases que não lhe digo.
E quando minha energia mistura-se a tua você diz sentir segura, mal sabendo você que a essa energia dá-se o nome de amor, e é ele que leh dá segurança, o meu amor.
E quando sua voz me chega aos ouvidos, dizendo coisas comuns e cotidianas, meu cérebro formula enredos perfeitos, momentos que duram poucos segundos, e chego a rir sozinho. Deito-me na grama, encosto em teu colo, admiro o céu e toda sua imensidão, comparo-o a liberdade de meus pensamentos, pensamentos estes que não chegam a sair, me pego mais uma vez segurando palavras...
E quantas delas já não saíram, escondidas sobre doces idéias? E por quantas vezes sua inocência não lhe tapou os olhos e ouvidos pra entender meus recados?
Dentro do meu peito, o coração agita-se. Respiro o ar agradável da manhã, levanto-me e saio. Pois tenho medo, medo de perder tua amizade, medo de estar confundindo tudo...
E sigo só, segurando palavras...

sábado, 21 de julho de 2007

Se perdendo...

Nossos dias passam, e coisas vão se perdendo...
Quando olhamos pro passado não vemos nada, somente o vazio daquilo que um dia foi.
Nos agarramos a momentos, seguramos com todas as forças...
Dentro de nosso coração a duas sentimentos, o da saudade e a determinação de lembrar sempre.
Em nosso cérebro duas razões, a de que é impossível voltar no tempo e a de que um dia nós esqueceremos.
Porém, estamos acima de meros cérebros e corações... Não quero voltar no tempo, quero apenas ter sentir o gosto dos bons momentos, dos medos, das paixões, dos erros, da vitória. Quero ser pra sempre lembrado como um bom amigo, uma boa pessoa, um bom aluno, um bom atleta, um bom filho...
E se um dia eu me perder na memória, estarei aí, rondando seus pensamentos...

quinta-feira, 19 de julho de 2007

Diversas histórias - Volume IV

Cores...

Um dia acordei e estava tudo fra de lugar, fora de lugar não, trocado... Sei lá...
As cores haviam mudado, as cores de tudo! Meu quarto, meu corpo, o cachorro, o céu, as casas, tudo!!! Nada havia permanecido na sua cor original. O que teria acontecido? O que faria tudo mudar de cor?
Saí pela cidade, olhando para as novas cores de tudo. Impressionado fiquei na forma como tudo permanecia perfeitamente igual, apenas com cor diferente. Não havia pista alguma que pudesse me ajudar...
Urubus vermelhos voavam sob nossas cabeças, contrastando com um límpido céu, agora verde. Meus cabelos, antes castanhos, estavam azuis; meus olhos, roxos.
Resolvi não me encomodar com a mudança, e sim curti-la. Como era legal ver tudo diferente, e tão igual. Ver pessoas fantásticamente coloridas, pisar no asfalto amarelo, tudo e todos com cores fortes, vibrantes. As flores todas diferentes, um novo mundo.

ACORDAAAA! Gritou minha mãe, você tem aula e ainda está aí dormindo?!?!

sexta-feira, 13 de julho de 2007

Diversas histórias - Volume III

O pequeno guardião

Ainda quando bebê, seus pais lhe entregaram a uma jovem moça que morava na floresta numa choupana pobre ao lado do riacho. E lá o menino cresceu, de seus pais não possuia lembrança alguma, além de uma velha foto preto e branco e um colar com uma pequena pedra redonda- que ele nunca tirava, nem mesmo pro banho. Sarah, a mulher que o criou sempre o ensinou a respeitar e cuidar da floresta, ser dela um guardião. E foi assim que ele foi organizando sua vida, plantava sementes que encontrava no chão, pegava a madeira seca pra fazer lenha, fazia rondas na floresta, retirava armadilhas, alimentava pássaros... Até que um dia seus pais verdadeiros retornaram e lhe pediram que retornasse a cidade, e ele, obviamente, se negou. Após muita insistência, ele - inspirado pela Natureza- disse:
- "Não é a terra que pertence a mim, sou eu quem pertence a terra. Minha missão é cuidar dela com ela cuida de mim, dar a ela o que ela me deu. Se há algo que aprendi com ela é que devemos ser gratos a aquilo que recebemos. E é nossa obrigação fazer o melhor que pudermos, independente do nosso vizinho fazer ou não. Devemos amar o mundo assim como ele nos ama. Se querem somente o meu retorno, deculpe, não voltarei. Pois hoje sou parte da floresta... e serei pra sempre o seu guardião. Seu pequeno guardião".

Seus pais, por não terem nada a dizer, voltaram pra casa, levando em seus corações a certeza de que tiveram um filho do mundo, e que não tê-lo criado foi o melhor que fizeram, pois na cabeça daquela criança havia algo raro, uma mente desperta para o bem

quarta-feira, 11 de julho de 2007

Diversas histórias - Volume II

A brisa

A leve brisa veio, deslizando pelas montanhase se chocou contra o rosto dela... Escorregou por seus olhos puxados, entrou em suas narinas, percorreu se corpo, saiu por sua boca, e se juntou ao vento. Somou-se as frias correntes da Sibéria e rumou para os Montes Urais... esquentou, ficando leve e transpondo o paredão de pedra. Seguiu então para a Europa, percorreu diversos países, transformou-se em chuva, evaporando dos campos nos dias de sol. Chegou à África, seguiu o curso do Nilo, chegou a costa marítima, onde à noite ventos frios oceânico o condensavam. Atravessou o atlântico, chegou aos quentes mares baianos... Subiu a tortuosa serra, e por conseguinte, chegou uma cidade, onde foi guiado ao noroeste... Levado por um vento mais forte, chocou-se contra meu rosto, deslizou por meus olhos amendoados, entrou em minhas narinas, percorreu meu corpo, saiu por minha boca e se juntou ao vento...

terça-feira, 10 de julho de 2007

Diversas histórias - Volume I

O Paraíso do Pólem da Flor.

Contava a avó a Pedro sobre a flor que fica no topo da mais alta montanha da cordilheira, atrás do paredão rochoso que cerca a pequena cidade. Essa flor é diferente, especial, esconde um mundo que as pessoas nem sonham em conhecer...

Sua avó lhe contava que quando pequena foi até a montanha mais alta, queria saber como era ver tudo do ponto máximo da cordilheira. Subiu e lá viu a mais bela paisagem de toda sua vida... Montanhas, florestas, quedas d'água, córregos, pássaros e outros animais, viu a outra face do paredão da cidade, tudo convivendo em perfeita harmonia, somando-se a tudo isso havia uma flor, uma grande flor branca de pólem amarelo vivo. Foi extasiante, era perfeita... Não havia outras iguais a ela, era única, a mais bela de todas as flores.
Ao toca-la uma grande luz saiu do chão, subiu pelo caule, concentrou-se no meio e espalhou-se por todas as pétalas... um brilho intenso iluminava ainda mais aquele belo dia ensolarado quando uma espécie de porta, também feita de luz se abriu pra ela. Entrou e viu uma paisagem que não se pode descrever, por um instante pensou ter alcançado o Éden. Era um grande campo, todo coberto por aquela flor, em todas as direções que se podia ver as flores brilhavam. Subitamente, uma voz muito doce e melodiosa a disse: esse é o paraíso, o seu paraíso, cada um encontra o seu, seja onde e como for... E como despertando de um sonho piscou e tudo sumiu, voltou ao topo da mais alta montanha da cordilheira, ao seu lado a flor permanecia intacta, porém agora não mais brilhava... Decidiu então voltar pra casa, queria guardar pra sempre o seu paraíso, guarda-lo no pensamento, nos sonhos...

Ao ouvir toda a narrativa de sua avó, Pedro parou um intante, olhando pro nada, seus olhos brilhavam. Prometeu a aquela que o criou um dia subir toda a cordilheira, ir ao topo da montanha e partilhar do encanto do polém da mais bela flor. A flor do paraíso de sua avó.

domingo, 8 de julho de 2007

Contar

Era tudo caso pensado, andava na rua contando os passos, somando os números das placas dos carros, subentendendo informações de anúncios de refrigerante, contando a quantidade de carros azuis que passavam na rua. Um menino comum viciado em analizar tudo sob uma perspectiva matemática.
Era constantemente lógico, precisava sempre de algo pra ocupar o cérebro, pensar demais era seu mal, mas qual remédio? Pensar!
Ops, acho que esse sou eu...

sexta-feira, 6 de julho de 2007

O caro preço do espaço vazio...


Por todo o mundo, pessoas se revoltam com o espaço vazio em embalagens, das mais diversas...

Latas, sacos, caixas, bisnagas, pacotes, garrafas... espaços vazios. Pagamos pelo produto que falta nas embalagens, pelas batatas Ruffles que não vem no saquinho, pelos cereais que faltam nas caixinhas, pelo condicionador que não vem nos frascos...

Vamos revolucionar a indústria de bens de consumo, não paguem mais o vazio das embalagens! Isso é absurdo.

Conta com vocês nessa campanha de conscientização do consumidor, obrigado. ^^

quinta-feira, 5 de julho de 2007

Para Nate...


Antes eu era egoísta/Me preocupava apenas meu próprio umbigo/Mas um dia te conheci/Um dia te chamei de amigo...

Desse dia em diante minha vida mudou/Descobri o significado da palavra amizade/E quando sinto saudade/Umas músicas até que caem bem...

Agora, não há mais solidão/As pessoas se transformam quando recebem carinho/Um dia chorei mas você me estendeu a mão/Prometo nunca mais me sentir sozinho...

Prometemos ligar nossos corações/Visitas em sonhos/São simplesmente emoções/Coisas que não sei dizer...

Cair na tristeza não mais poderia/Sua amizade é força pra evoluir/Dividindo juntos pensamentos e fantasias/Não nos permitimos cair...

Entrou na minha vida/Trouxe a ela mais cor/Natália, minha irmã tão querida/Amizade, apreço, amor.

quarta-feira, 4 de julho de 2007

Dependência.

Bem, foram dois dias sem computador, sem internet... isso me fez pensar em algo que nunca havia pensado, sou DEPENDENTE da internet, viciado!
Quando via a mesinah do computador sem CPU, com todos os periféricos no mesmo lugar, quando lembrava do orkut, quando queria tc no msn, realmente, não é fácil.
Mas como tudo passa, os dois dias passaram, agora estou aqui...
Que alívio, me sinto bem outra vez. ^^

domingo, 1 de julho de 2007

Jogos e diversão


Temos uma bruta necessidade de diversão... seja como for. Cada um arranja um jeito de se divertir, mas ninguém vive sem ela.
Às vezes, nos divertimos com coisas virtuais... às vezes livros, brinquedos, esportes, outras pessoas, escrevendo... mas sempre precisamos de algo pra extravazar o stress.
Porém, nem tudo são flores quando queremos nos divertir, existem regras. Cada brincadeira, cada jogo tem uma regra, não segui-la impede em tornar o jogo banal, bobo.
O importante mesmo é fazer alguma coisa. Então, divirtam-se!

sexta-feira, 29 de junho de 2007

Felicidade de criança

Acordou, esfregou um pouco os olhos e sentou na cama, calçou os chinelos, levantou, espreguiçou lentamente e saiu do quarto. Foi andando pelo corredor, passou pela sala e seguiu em direção ao banheiro. Entrou e olhou no espelho, analisou sua condição de uma simples criança, fez suas necessidades, lavou as mãos e saiu . Voltou à sala, beijou seus pais e foi para a cozinha. Começou a tomar café, comia muito rápido, mas seus pensamentos iam longe, altos, só pensava em sua pipa vermelha, queria vê-la novamente voando bem acima das casas, deslizando com o vento. Apressou-se ainda mais, viu pela janela que o tempo estava aberto e as folhas da árvore do outro lado da rua balançavam alegremente. Terminou seu café, lavou a xícara e correu pro seu quarto, trocou de roupa o mais rápido que pôde, pegou a cadeira da sua mesinha de estudos para alcançar a parte de cima do seu guarda-roupa cor de mogno. Então, na ponta dos pés, tateou a tábua até achar o que queria, a grande diversão das suas férias de verão, a pipa!


Correu até a porta e gritou: mãaae, fui soltar pipa. E saiu. Desenrolou uma parte do carretel e correu contra o vento, sua pipa começou a subir, a linha ia se soltando a medida que a pipa subia, em questão de segundos ela estava onde ele queria, acima das casas, voando com o vento... Passou ali cerca de duas horas, sem se quer perceber, vendo o contraste de sua pipa vermelha com o céu azul. Estava tão feliz que se pudesse congelaria aquele momento, não queria que passasse, era perfeito!


Um barulho digital, repetitivo ia aos poucos tomando força, então ele simplesmente acorda. Desligou o despertador e correu por banheiro, olhou-se no espelho, seu rosto já marcado pelo tempo, seu cabelo, antes tão negro, agora clareava. Não conseguia acreditar que tão intenso momento fora somente sonho, como podia, tão real, tão nítido. Voltou ao quarto, sentou na cama e começou a lembrar do sonho, compara-lo com sua infância, jamais tivera aquilo, era agora um adulto cansado, seus olhos não brilhavam mais, pela janela do quarto via carros passando em alta velocidade, não queria admitir que havia envelhecido, porém, em sua cabeça um mundo de fantasia e diversão, outrora adormecido acabara de despertar.

quinta-feira, 28 de junho de 2007

O excluído

Ei você, estranho, olha pra cá. Mostra a tua cara pra todo mundo ver, está com medo da critica e por isso se esconde, a sociedade quer te punir, mas você não sabe como se defender, e quer que ela tenha pena, pra ficar tudo mais fácil. Agora levanta, olha na cara do mundo, mostra o que sabe fazer, tenha orgulho de si mesmo, ninguém te ama mais do que você. Mostra a tua cara pra todo mundo ver, existe alguém em algum lugar a cuidar de você, te vigiar, não tema aquilo que não pode ver. O futuro é um corredor de luzes apagadas, uns o verão por sua própria luz, outros se abrigaram na luz alheia, e outros morreram sozinhos no escuro, medrosos, esse é o destino que quer pra você? Então levanta, sai do mundo restrito e ilusório que você criou, aprenda a polir suas qualidades e desenvolver seus defeitos, objetive a perfeição, e manipule o medo que há em você. Sinta-se a peça que falta pro quebra-cabeça da vida se encaixar, porque se não for, ao menos terá sido feliz.

segunda-feira, 25 de junho de 2007

...ela.


E ela me inspirou, a querer um mundo melhor, a querer o melhor pra mim, na beleza de seu rosto renasceu a esperança. Queria agora afagar-lhe os cabelos, alisar teu rosto, cantar teu nome ao vento, fitar demoradamete seus olhos.
Tal qual a flor de Lótus nasceu, bela, em meio a podridão humana, inundando tudo de vida e juventude. E tal qual o raio de sol, fez cegar meus olhos por tamanha luz.
Espero um dia me desprender desse encanto, porém, temo por minha felicidade. Porque se antes de você fui um, hoje não sou mais.
Que essas palavras alcansem o seu mais íntimo pensamento, e que seus olhos, como fárois na escuridão do mar tempestuoso, cheguem a mim como um sopro de esperança.

sábado, 23 de junho de 2007

Paz.


Paz. Eu quero é paz. Quero quebrar a monotonia da vida, adicionar vida a minha vida.

Quero separar o joio do trigo, quero estar tranquilo, descansar nos mais leves pensamentos.

Quero o sossego da bela paisagem, das cores da flor, da menina na janela.

Quero conviver com a natureza sem ter de me degladiar com ela.

Quero ser feliz, seja como for, quero ser feliz.

sexta-feira, 22 de junho de 2007

Mudança do pensamento.


Mudança do pensamento. Nosso pensamento nos muda, e com ele muda o mundo, pois somos parte dele, e tudo que nele se encontra está interligado. Hoje, conversando com Tarcísio, um amigo meu, comecei a pensar bastante sobre o quanto agimos no piloto automático, deixamos a rotina nos levar, soltamos as rédeas da vida, e com isso nos omitimos. Esquecemos o que está em volta de nós, não ajudamos, não nos deixamos ajudar. No fundo, a sociedade nos leva ao egoísmo, a ingratidão, a frieza, porém, nos esconder atrás disso é covardia, deixamos nossos egos cheios de desculpas e nossos defeitos escondemos embaixo da cama, enquanto nosso indicador vai, implacável, buscar defeitos nos outros. Acusamos pra desviar o foco de nossas falhas, somos maldosos. Espero que essas palavras não sejam apenas palavras pra mim e pra quem as lê-las.
Mudança do pensamento, um dever!

... é.

Desequilibrio. O salto propicia a queda, é o pé quem sustenta a perna.
O grito é o silêncio ao contrário, assim como segredos e escondem no ármario.
Guereamos com nossa consciência, viver vem implica em exercitar a paciência e educar a inocência, displicência.
Arrancar do coração o medo, cortar o mal pela raiz cada vez mais cedo.
Semear na vida um caminho de paz.
Conter dentro de si o pior dos frios, a solidão.

quinta-feira, 21 de junho de 2007

Escrever é fácil?

Sentei, quero escrever, digo seriamente ao meu cérebro: crie alguma coisa. Ele responde: as palavras não fogem assim, simplesmente saindo de mim, precisam de um objetivo.
Isso me fez refletir, e pensei: sobre o que quero escrever? Com qual finalidade? Será que quero mesmo escrever?
Indagando-me assim não chegarei a lugar nenhum, preciso de um tema, um foco. Huuuun... não sei... Volto-me pro meu cérebro mais uma vez e digo: copera meu filho, fala aí, dá uma dica.
Ele nem responde. Me debato, me questiono, nada flui... Então, o jeito é esperar a inspiração chegar.

domingo, 17 de junho de 2007

Consciência

Hoje olhei no espelho, profundamente, vi o interior do meu pensamento, vi idéias girando e sumindo, vi lembranças felizes e tristes, percebi que havia um mundo inexplorado sob o relfexo dos meus olhos. Vi nos pensamentos soluções eficazes contra os mais terríveis males, mas elas se perdiam. Vi também métodos terríveis de causar no outro todo o sofriemnto possivel, mas repudiei todos esses pensamentos. Queria mesmo é não pensar em nada, ter por um instante a sensação de completude que a mente vazia traz. Senti cada pensamento fugir, até chegar num campo cerebral onde as idéias eram perfeitas, onde tudo é perfeito. Então um barulho me tirou do transe, me puxou para a realidade, não me permitindo lembrar do que segundos atrás estava tão vivo na minha cabeça. Desperto da consciência.

sábado, 16 de junho de 2007

A derrota nem sempre é uma derrota

Nós, humanos, temos o péssimo defeito de não querer errar, temos MEDO da derrota.
Esquecemos que na derrota existe uma grande luz, a de tentar de novo, de se preparar melhor, de ver que não demos o nosso máximo ou que investimos tudo no ponto errado.
Ver a beleza da derrota é algo ainda inconcebível para nós, mas mudar isso já é um bom passo para nos tornamos melhores.

quinta-feira, 14 de junho de 2007

O Circo da Vida


No circo da vida, todos participamos. Ora espectadores, ora atores. Às vezes personagens nos fazem rir ou chorar, nos emocionam, nos dão orgulho, nos fazem ter medo, odiar e até mesmo refletir. Às vezes interpretamos papéis difíceis, andando sobre a corda bamba, nos balançando em trapézios, girando em globos da morte, domando leões. No circo da vida não há ensaios, são apresentações reais, espontâneas, improvisadas. Vemos e somos vistos e, aplaudidos ou não, seguimos para o próximo espetáculo.

quarta-feira, 6 de junho de 2007

E e a Árvore

Do outro lado da rua havia apenas uma calçada de terra seca... mas um dia plantaram uma pequena muda. O tempo foi passandom fui envelhecendo, pessoas entraram e saíram da minha vida, mas a árvore continuou lá, crescendo, e assim como eu, envelhecendo. Hoje, já se passou muito tempo desde que a árvore foi plantada. Cresci, vivi, envelheci, enquanto ela cresceu e hohe sembrea o outro lado da rua.

Modelos Perfeitos


Será que existe um modelo perfeito? Algo que não possa evoluir, melhorar?

Pessoa, música, ambiente, conceito, grupo, cor, símbolo, característica...

A perfeição existe? O que é perfeição? Essas são perguntas que ainda não podem ser respondidas, pois falta-nos uma coisa, busca-la.

domingo, 27 de maio de 2007

Quennsryche - Silent Lucidity (tradução)

Lucidez silenciosa

Silêncio agora, não chore,
Enxugue a lágrima do seu olho.
Você está deitada a salvo na cama,
Foi tudo um sonho ruim
Rodando em sua cabeça.
Sua mente te enganou para sentir o sofrimento
De alguém próximo a você abandonando do jogo da vida.
Então aqui está, outra chance:
Totalmente desperta, você encara o dia...
Seu sonho terminou ou ele apenas começou?

Existe um lugar onde eu gosto de me esconder,
Uma porta em que eu adentro à noite.
Relaxe criança, você estava lá
Mas apenas não percebeu e ficou assustada.
É um lugar onde você aprenderá
A encarar seus medos, reconstituir os anos
E dominar os caprichos de sua mente,
Governando num outro mundo.
Repentinamente você ouve e percebe
Esta nova dimensão mágica.

Eu estarei cuidando de você,
Eu vou te ajudar até o fim.
Eu te protegerei na noite,
Estou sorrindo próximo a você, numa lucidez silenciosa.

[Visualize seu sonho]
[Grave-o no tempo presente]
[Coloque-o dentro de uma forma permanente]
[Se você persistir em seus esforços]
[Você pode conseguir o controle do sonho]
[Controle do sonho]
[Como ficou então, melhorou?]
[Me abraçe]

Se você abrir sua mente para mim,
Você não dependerá de olhos abertos para perceber [que]
Os muros que você construiu por dentro
Estão desmoronando e um novo mundo começará
A viver duplamente logo que você aprenda.
Você está a salvo da dor no domínio do sonho,
Uma alma livre para voar.
Uma viagem de ida e volta dentro da sua cabeça,
Mestre da ilusão, você consegue imaginar?
Seu sonho está vivo, você pode ser a guia mas

Eu estarei cuidando de você,
Eu vou te ajudar até o fim.
Eu te protegerei na noite,
Estou sorrindo próximo a você.

O texto e seu contexto

Palavra, junção de palavras, frase.
Expressão de idéias, argumentos, foco.
Elemento, diálogo, diagnóstico.
Opnião, certeza, afirmação.
A maneira de se fazer um texto utiliza de todo nosso conhecimento. Buscar a melhor palavra, expressar a mais pura idéia, exemplo de ação inteligente. Crio, faço, elabroro. Sou criativo, vou no ponto.

quinta-feira, 24 de maio de 2007

QUERO

Quero ser ouvido
Quero ser amigo
Quero ser temido
Quero ser amado

Quero ter sabor
Quero a madrugada
Quero a liberdade
Quero ser calor

Quero ser canção
Quero ser novela
Quero ter o mundo
Quero um coração

Quero luz e sombra
Quero amizade
Quero mergulhar
Quero ser feliz

Quero ser o vento
Mas nesse momento
Apenas quero ser!

domingo, 20 de maio de 2007

O Olho


O que diz o olho?

São todos diferentes, formatos, cores... Todos escondem segredos, e dizem muito mais do que aparentam. Podem ser felizes, podem ser tristes, redondos, amendoados.

Os olhos podem dizer tudo, e podem não dizer nada. Muias vezes, nos mostram a verdade, e noutras escondem o essencial. Os olhos diminuem com a luz, e no escuro eles crescem, buscam a luz e tentam perceber o que se esconde no ambiente.

Os olhos mentem, mas muitas vezes refletem nosso interior.

"Olhos nos olhos, quero ver o que você diz", e se não disser nada, tudo bem...

sábado, 19 de maio de 2007

Estrelas




Existe uma frase que diz: Se uma estrela há de brilhar, outra então tem de se apagar...

A vida é assim... lutamos pra que nosso brilho não seja engolido pela luz alheia. Cada pessoa é uma estrela, e a medida que deixam de existir elas deixam de brilhar. Duas estrelas podem disputar entre si, mas podem também unir-se pra brilhar mais forte, são esses os amigos. Muitas vezes, as amizades acabam e as duas estrelas saem fracas, sem brilho, sem perspectiva. Porém, devemos fazer de nossa amizade a maior das estrelas, o sol. Porque mesmo quando é noite, sabemos que ele está lá, brilhando e nos indicando o caminho. Obrigado a todos os meus amigos por brilharem comigo.

sexta-feira, 18 de maio de 2007

Letra muito maaaaassa!


E Estamos Conversados - Arnaldo Antunes
Eu não acho mais graça nenhuma nesse ruído constanteque fazem as falas das pessoas falando, cochichando e reclamando, que eles querem mesmo é reclamar,como uma risada na minha orelha, ou como uma abelha, ou qualquer outra coisa pentelha,sobre as vidas alheias, ou como elas são feias,ou como estão cheias de tanto esconderem segredosque todo mundo já sabe, ou se não sabe desconfia.Eu não vou mais ficar ouvindo distraido eles falarem deles e do que eles fariam se fosse com elese o que eles não fazem de jeito nenhum, como se interessasse a qualquer um.
Eles são: As pessoas. As pessoas todas, fora os mudos.Se eles querem falar de mim, de nós, de nós dois,falem longe da minha janela, por favor, se for para falar do meu amor.Eu agora só escuto rádio, vitrola, gravador.Campainha, telefone, secretária eletrônica eu não ouço nunca mais, pelo menos por enquanto.Quem quiser papo comigo tem que calar a boca enquanto eu fecho o bico.E estamos conversados.

Loucuras...


O que seria de nós sem as loucuras?!
Estamos fadados a andar em círculos, passando sempre pelos mesmos ciclos da vida. Giramos, rotacionados por uma força, o amor, e com ele passamos por tudo, passando bem ou mal, passamos. A loucura é a fuga da rota, é girar pro outro lado, e ver tudo de forma diferente. Louco ou não, vou vivendo, tentando apenas ser feliz.

quinta-feira, 17 de maio de 2007

O Sonho


Hoje controlei um sonho, sensação incrível, estive livre para fazer o que queria. Pude voar! Ergui-me do chão e simplesmente voei. Hoje, realidade virou sonho, concretizei desejo e acordei feliz. Então, porquê meus sonhos não viram realidade?

segunda-feira, 14 de maio de 2007

Eu e pensamentos

Pra quê agir assim? palavras e gestos calculados... a vontade de fazer mal, de machucar, de iludir. Hora traz o paraíso com toda a sua felicidade, e depois tira-me a luz, levando-me ao frio da solidão. Incensatez, crueldade, malícia, remédios perfeitos pra matar o amor próprio. Vejo momentos de alegria e penso porquê tem que ser assim, porquê machuco as pessoas e transformo o bem-estar em loucura...?
E espero do mundo aquilo que ele pode, mas não me dá. Minha árvore da vida está constantemente perdendo folhas, em cada uma delas se esvai um pouco de mim... e eu vou gradativamente morrendo, fico sem força e paraliso-me diante do medo. Talvez isso seja colheita do que plantei, e todas as aparências de minha vida se desfaem com nunvens de algodão... fica o vazio e a falta de sentimento, fica tudo cinza. Choro moralmente, e uma mão de luz me busca, enfim cessam-se as trevas. Fico em paz.

Mania de Medir

Que mania temos de medir, calcular, tornar palpável... medimos distâncias, volumes, tamanhos, e até mesmo o tempo! Buscamos transformar tudo que é abstrato em real. As vezes, nos deparamos com significações absurdas como: dor tem tamanho? Caramba! Medir a intensidade da dor é como tentar medir o grau de amor ou qualquer outro sentimento. Incabível.
Tudo é possibilidade, mas nem todas as possibilidades são possíveis. Somos ensinados a pensar quantativamente, dar forma, tamanh, criar grandezas. Vamos parar com esse complexco de São Tomé, acreditar naquilo que é abstrato sem tentar classifica-lo, racionaliza-lo. Temos muito pra pensar e fazer. Deixemos as loucuras da vida pra vida levar... e sentir em vez de medir.

domingo, 13 de maio de 2007

A sociedade da incerteza


Vivemos hoje cercados por um mundo de incertezas, é tanta insegurança nos "poréns" da vida que nos agarramos a esperança de dias melhores. Fé ou utopia? Não se sabe. Habitamos o mundo do "se", e nos preocupamos mais com o que ainda não aconteceu do que com nossa realidade. Temos medo de olhar ao nosso redor e ver o labirinto de problemas em que estamos vivendo.

Será o caos? Cabeças vão sendo invadidas pelo pânico, tornando as pessoas cada vez mais desequilibradas, é a sociedade da desestrutura. Vivemos esperando por dias de paz com os braços cruzados. Somos incapazes de ver a pureza no infantil olhar d'uma criança, é o mundo do preconceito, da desconfiança. Se realmente queremos uma sociedade livre do descaso temos que descruzar os braços e olhar o mundo com a coragem de mudar.

sábado, 12 de maio de 2007

Caminhos - Raul Seixas

Essa letra é uma viagem... mas é tão profunda. Espero que gostem.


"Você me pergunta

Aonde eu quero chegar

Se há tantos caminhos na vida

E pouca esperança no ar

E até a gaivota que voa

Já tem seu caminho no ar

O caminho do fogo é a água

O caminho do barco é o porto

O do sangue é o chicote

O caminho do reto é o torto

O caminho do bruxo é a nuvem

O da nuvem é o espaço

O da luz é o túnel

O caminho da fera é o laço

O caminho da mão é o punhal

O do santo é o deserto

O do carro é o sinal

O do errado é o certo

O caminho do verde é o cinzento

O do amor é o destino

O do cesto é o cento

O caminho do velho é o menino

O da água é a sede

O caminho do frio é o inverno

O do peixe é a rede

O do pio é o inferno

O caminho do risco é o sucesso

O do acaso é a sorte

O da dor é o amigo

O caminho da vida é a morte!


"E voce ainda me pergunta:

aonde é que eu quero chegar,

se há tantos caminhos na vida

e pouquíssima esperança no ar!

E até a gaivota que voa

já tem seu caminho no ar!"


O caminho do risco é o sucesso

O do acaso é a sorte

O da dor é o amigo

O caminho da vida é a morte!"

Momentos...

Momentos...
"Mas aqueles anjos agora já se foram, depois que eu cresci"