segunda-feira, 26 de maio de 2008

Senhora da flor

O beija-flor na janela

É ela

É dela

Brincando com a minha flor

Brincando com o meu amor

Voando e indo embora

Levantando-se e indo agora

Enquanto uma música toca

Aquela que é nossa canção

Adeus, adeus, meu amor

Senhora da minha flor...

quinta-feira, 8 de maio de 2008

De todas as verdades...

De todas as verdades que tive, a mais sincera foi não saber nada. Porque saber é muito pra quem é tão pouco, e somos muito pouco pra tentar ser tanto.
Por um instante, eu achei que soubesse, eu achei que tivesse o destino nas mãos. Eu achei, porque achei? Achar é tão pouco, quanto eu, quanto querer saber. Me vi sozinho, rodeado por meus saberes, falsos saberes, que se amontoam sobre mim tal qual livros sobre a mesa. E como dói o peso de não saber, ainda que soubesse que pouco sabia...
E com tudo veio o desprazer de se ver como é, tão frágil, inocente e medroso. Tão pouco, tão somente um humano, entre os muitos humanos que não o querem ser, querem ser mais, querem ter mais. E vivem pouco, porque gastam tempo demais tentando ser o que não são, e usam toda a força de que dispõe pra tentar mudar o destino, inutilmente. Humanamente, falham. Humanamente, choram diante da derrota.
E de todas as verdades que eu tive, todas ruíram sobre mim. E viraram cinzas, como eu.

Momentos...

Momentos...
"Mas aqueles anjos agora já se foram, depois que eu cresci"