terça-feira, 14 de setembro de 2010

Feitos de tudo...

Existem muitas coisas no mundo.
Existimos pedras, rios e lagos. Areia, pó e carvão. Água, terra, fogo e ar.
Há mais o que se notar, o universo mineral, a beleza do inorgânico.
Mas evoluiremos, alcançaremos a vida, ainda que rudimentar.
Brotaremos semente, cresceremos raízes, exalaremos em flor.
Grãos, pólen e folhas. Frutos e danças pro sol. Água, terra, vida e ar.
Vê-se por todo lugar, o universo vegetal, a inocência da vida-planta.
E ascenderemos, obteremos a percepção, inteligência rudimentar.
Gestados no ventre materno, os primeiros passos, os olhos abrindo.
Ave, peixe, réptil. Felino e inseto. Presa e predador. Água, instinto, vida e ar.
Há muito por ensinar, o universo animal, a vida caminha lenta.
Elevaremos então, rumo à perfeição, livres pra sonhar.
Olhar, toque, sentimento. Gestos e viver em sociedade. Água, instinto, vida e inteligência.
Alma, transcendência da vida. Alcançaremos, então, a redenção.
Feitos de tudo... pedra, semente, ventre materno, alma.
Da palavra e da calma, da poesia e do amor.

Dia de cão

Bem, antes de qualquer coisa, depois de muito tempo resolvi escrever no Loucuras.
Não que eu não sinta falta, ou necessidade de escrever, falta-me mesmo é tempo. Hoje, em especial, tenho a oportunidade de escrever e de ter tempo. Mas, dessa vez, não estou aqui para falar de personagens, criar histórias, ter sonhos... Vim para falar de mim, dos meus problemas, dos meus receios. Só dessa vez, pretendo não ficar atrás de palavras, ou medir conseqüências de onde estas podem chegar. Hoje, só hoje, eu cansei.

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Hoje foi um dia difícil, difícil mesmo.
Muita agitação, muita correria, muito estresse.
Recuperando-me de uma crise de garganta, o que não me permite cantar (sim, isso pra mim é terrível).
E nesse alucinado passar das horas, não sobra tempo pra respirar, pra pensar, pra interpretar os outros.
Com essa frustração do dia-a-dia que nos trás a universidade, prazos, regras, notas, por vezes, nos esquecemos de coisas mais importantes: pessoas.
E sim, pessoas TAMBÉM SÃO coisas, pelo simples fato de se portarem como tal.
Após um fim de semana de estresse intensivo, tendo em vista concluir um trabalho que precisava ser apresentado hoje (e foi), o (não tão) nobre cavalheiro que aqui lhes escreve, ouviu, aguentou, aturou, levou, um arsenal de patadas/cortadas/(até)xingamentos...
Observação válida: não é por fazer zootecnia que eu gosto de tomar patada. Não! Eu só tento não ficar batendo de frente com as pessoas... mas eu nasci com imã, então, seguiremos.
E tudo isso porque, na sexta-feira (ou quinta) contrai a tal da bactéria que me levou a ter essa infecção de garganta. Com isso, passei momentos MARAVILHOSOS! Dor de cabeça, enjôo, febre, coriza, desprezo, ironia, prepotência, arrogância... Opa, esses últimos, que eu me lembre, não são sintomas de infecção.
Retardadamente, me esforcei... Fui a todas as reuniões, ajudei todos os demais membros do grupo, estudei um pouco da parte de cada um. Por ser bonzinho? NÃO! Porque a minha parte não era dissociável dos temas dos demais membros... Simples assim.
Em decorrência disso, tentei ajudar o grupo, claro, oh! Afinal, eu também dependia dele. Mas, aí está. O que uma pessoa passando mal (mesmo!) por fazer? Pouco!
E daí veio uma ONDA de maus pensamentos, más palavras, más ações, enfim... más.
Outra observação válida: todas vindas da MESMA PESSOA!
Terceira observação válida: a menos de uma semana, essa mesma pessoa me chamou pra conversar, porque estava mal, e queria conselhos. Amigavelmente, fui!
E no desenrolar dos fatos... outros problemas ao longo do fim de semana e da segunda feira... Prova, apresentação em simpósio, etc...
Com o tempo passando, a correria das coisas e o estresse subindo mais que a cotação do petróleo, o que a criatura retardada aqui faz: deixa tudo de lado (DE NOVO!).

Sinceramente, eu mereço!
Concordo com uma frase que li em uma cadeira da UFV: Princesas, acordem! Quem nasce pra ser sapo nunca chega a príncipe!

É assim que a banda toca...
O caminho do bem é foda.

E a apresentação veio, foi, e a criatura burra (eu!) continuou a relevar... Bem, aí já mereço 50 chibatadas e ser arrastado pela medina. Enfim, pula essa parte.

E assim concluo o meu dia MARAVILHOSO, depois de um fim de semana ESPETACULAR e uma prova SUPIMPA!

Graças a Deus... estou sentado no meu quarto, na minha cadeira no computador, escrevendo no meu blog, ouvindo as minhas música. Bem egoisticamente mesmo, e daí?
Se eu não pensar em mim ninguém pensa...

Como eu disse lá no início... Vim escrever porque EU quis, EEEEEEU!

e vai ser bom ler isso daqui a uma semana, quanto tudo se tornar defasado, ridículo e sentimental.

Acabou.

sábado, 20 de março de 2010

Outono

É outono,
Nas estações da vida
É outono na poesia,
Na magia, na apatia
É outono relembrando
As memórias do verão
As folhas secas no chão
Colorindo a estrada
Os passos sobre a calçada
Marcados pela saudade
E falta sinceridade
Pra dizer que acabou
Se vai a estação do calor
Se vai aquele fulgor
Enternecido
Pela luz solar
E fica a saudade de amar
Do tempo que já passou
E sol se alinha com o Equador
É equinócio de outono
É tempo de novos planos
Mudança de dentro pra fora
Mudança de fora pra dentro
Admite-se um novo intento
Me invento, reinvento
Represento a estação
Admiro as folhas no chão
Tiveram maior coragem
Pra fazer longa viagem
Seguir o caminho do vento
Agora é novo momento
O Outono começou.

Momentos...

Momentos...
"Mas aqueles anjos agora já se foram, depois que eu cresci"