sexta-feira, 29 de junho de 2007

Felicidade de criança

Acordou, esfregou um pouco os olhos e sentou na cama, calçou os chinelos, levantou, espreguiçou lentamente e saiu do quarto. Foi andando pelo corredor, passou pela sala e seguiu em direção ao banheiro. Entrou e olhou no espelho, analisou sua condição de uma simples criança, fez suas necessidades, lavou as mãos e saiu . Voltou à sala, beijou seus pais e foi para a cozinha. Começou a tomar café, comia muito rápido, mas seus pensamentos iam longe, altos, só pensava em sua pipa vermelha, queria vê-la novamente voando bem acima das casas, deslizando com o vento. Apressou-se ainda mais, viu pela janela que o tempo estava aberto e as folhas da árvore do outro lado da rua balançavam alegremente. Terminou seu café, lavou a xícara e correu pro seu quarto, trocou de roupa o mais rápido que pôde, pegou a cadeira da sua mesinha de estudos para alcançar a parte de cima do seu guarda-roupa cor de mogno. Então, na ponta dos pés, tateou a tábua até achar o que queria, a grande diversão das suas férias de verão, a pipa!


Correu até a porta e gritou: mãaae, fui soltar pipa. E saiu. Desenrolou uma parte do carretel e correu contra o vento, sua pipa começou a subir, a linha ia se soltando a medida que a pipa subia, em questão de segundos ela estava onde ele queria, acima das casas, voando com o vento... Passou ali cerca de duas horas, sem se quer perceber, vendo o contraste de sua pipa vermelha com o céu azul. Estava tão feliz que se pudesse congelaria aquele momento, não queria que passasse, era perfeito!


Um barulho digital, repetitivo ia aos poucos tomando força, então ele simplesmente acorda. Desligou o despertador e correu por banheiro, olhou-se no espelho, seu rosto já marcado pelo tempo, seu cabelo, antes tão negro, agora clareava. Não conseguia acreditar que tão intenso momento fora somente sonho, como podia, tão real, tão nítido. Voltou ao quarto, sentou na cama e começou a lembrar do sonho, compara-lo com sua infância, jamais tivera aquilo, era agora um adulto cansado, seus olhos não brilhavam mais, pela janela do quarto via carros passando em alta velocidade, não queria admitir que havia envelhecido, porém, em sua cabeça um mundo de fantasia e diversão, outrora adormecido acabara de despertar.

quinta-feira, 28 de junho de 2007

O excluído

Ei você, estranho, olha pra cá. Mostra a tua cara pra todo mundo ver, está com medo da critica e por isso se esconde, a sociedade quer te punir, mas você não sabe como se defender, e quer que ela tenha pena, pra ficar tudo mais fácil. Agora levanta, olha na cara do mundo, mostra o que sabe fazer, tenha orgulho de si mesmo, ninguém te ama mais do que você. Mostra a tua cara pra todo mundo ver, existe alguém em algum lugar a cuidar de você, te vigiar, não tema aquilo que não pode ver. O futuro é um corredor de luzes apagadas, uns o verão por sua própria luz, outros se abrigaram na luz alheia, e outros morreram sozinhos no escuro, medrosos, esse é o destino que quer pra você? Então levanta, sai do mundo restrito e ilusório que você criou, aprenda a polir suas qualidades e desenvolver seus defeitos, objetive a perfeição, e manipule o medo que há em você. Sinta-se a peça que falta pro quebra-cabeça da vida se encaixar, porque se não for, ao menos terá sido feliz.

segunda-feira, 25 de junho de 2007

...ela.


E ela me inspirou, a querer um mundo melhor, a querer o melhor pra mim, na beleza de seu rosto renasceu a esperança. Queria agora afagar-lhe os cabelos, alisar teu rosto, cantar teu nome ao vento, fitar demoradamete seus olhos.
Tal qual a flor de Lótus nasceu, bela, em meio a podridão humana, inundando tudo de vida e juventude. E tal qual o raio de sol, fez cegar meus olhos por tamanha luz.
Espero um dia me desprender desse encanto, porém, temo por minha felicidade. Porque se antes de você fui um, hoje não sou mais.
Que essas palavras alcansem o seu mais íntimo pensamento, e que seus olhos, como fárois na escuridão do mar tempestuoso, cheguem a mim como um sopro de esperança.

sábado, 23 de junho de 2007

Paz.


Paz. Eu quero é paz. Quero quebrar a monotonia da vida, adicionar vida a minha vida.

Quero separar o joio do trigo, quero estar tranquilo, descansar nos mais leves pensamentos.

Quero o sossego da bela paisagem, das cores da flor, da menina na janela.

Quero conviver com a natureza sem ter de me degladiar com ela.

Quero ser feliz, seja como for, quero ser feliz.

sexta-feira, 22 de junho de 2007

Mudança do pensamento.


Mudança do pensamento. Nosso pensamento nos muda, e com ele muda o mundo, pois somos parte dele, e tudo que nele se encontra está interligado. Hoje, conversando com Tarcísio, um amigo meu, comecei a pensar bastante sobre o quanto agimos no piloto automático, deixamos a rotina nos levar, soltamos as rédeas da vida, e com isso nos omitimos. Esquecemos o que está em volta de nós, não ajudamos, não nos deixamos ajudar. No fundo, a sociedade nos leva ao egoísmo, a ingratidão, a frieza, porém, nos esconder atrás disso é covardia, deixamos nossos egos cheios de desculpas e nossos defeitos escondemos embaixo da cama, enquanto nosso indicador vai, implacável, buscar defeitos nos outros. Acusamos pra desviar o foco de nossas falhas, somos maldosos. Espero que essas palavras não sejam apenas palavras pra mim e pra quem as lê-las.
Mudança do pensamento, um dever!

... é.

Desequilibrio. O salto propicia a queda, é o pé quem sustenta a perna.
O grito é o silêncio ao contrário, assim como segredos e escondem no ármario.
Guereamos com nossa consciência, viver vem implica em exercitar a paciência e educar a inocência, displicência.
Arrancar do coração o medo, cortar o mal pela raiz cada vez mais cedo.
Semear na vida um caminho de paz.
Conter dentro de si o pior dos frios, a solidão.

quinta-feira, 21 de junho de 2007

Escrever é fácil?

Sentei, quero escrever, digo seriamente ao meu cérebro: crie alguma coisa. Ele responde: as palavras não fogem assim, simplesmente saindo de mim, precisam de um objetivo.
Isso me fez refletir, e pensei: sobre o que quero escrever? Com qual finalidade? Será que quero mesmo escrever?
Indagando-me assim não chegarei a lugar nenhum, preciso de um tema, um foco. Huuuun... não sei... Volto-me pro meu cérebro mais uma vez e digo: copera meu filho, fala aí, dá uma dica.
Ele nem responde. Me debato, me questiono, nada flui... Então, o jeito é esperar a inspiração chegar.

domingo, 17 de junho de 2007

Consciência

Hoje olhei no espelho, profundamente, vi o interior do meu pensamento, vi idéias girando e sumindo, vi lembranças felizes e tristes, percebi que havia um mundo inexplorado sob o relfexo dos meus olhos. Vi nos pensamentos soluções eficazes contra os mais terríveis males, mas elas se perdiam. Vi também métodos terríveis de causar no outro todo o sofriemnto possivel, mas repudiei todos esses pensamentos. Queria mesmo é não pensar em nada, ter por um instante a sensação de completude que a mente vazia traz. Senti cada pensamento fugir, até chegar num campo cerebral onde as idéias eram perfeitas, onde tudo é perfeito. Então um barulho me tirou do transe, me puxou para a realidade, não me permitindo lembrar do que segundos atrás estava tão vivo na minha cabeça. Desperto da consciência.

sábado, 16 de junho de 2007

A derrota nem sempre é uma derrota

Nós, humanos, temos o péssimo defeito de não querer errar, temos MEDO da derrota.
Esquecemos que na derrota existe uma grande luz, a de tentar de novo, de se preparar melhor, de ver que não demos o nosso máximo ou que investimos tudo no ponto errado.
Ver a beleza da derrota é algo ainda inconcebível para nós, mas mudar isso já é um bom passo para nos tornamos melhores.

quinta-feira, 14 de junho de 2007

O Circo da Vida


No circo da vida, todos participamos. Ora espectadores, ora atores. Às vezes personagens nos fazem rir ou chorar, nos emocionam, nos dão orgulho, nos fazem ter medo, odiar e até mesmo refletir. Às vezes interpretamos papéis difíceis, andando sobre a corda bamba, nos balançando em trapézios, girando em globos da morte, domando leões. No circo da vida não há ensaios, são apresentações reais, espontâneas, improvisadas. Vemos e somos vistos e, aplaudidos ou não, seguimos para o próximo espetáculo.

quarta-feira, 6 de junho de 2007

E e a Árvore

Do outro lado da rua havia apenas uma calçada de terra seca... mas um dia plantaram uma pequena muda. O tempo foi passandom fui envelhecendo, pessoas entraram e saíram da minha vida, mas a árvore continuou lá, crescendo, e assim como eu, envelhecendo. Hoje, já se passou muito tempo desde que a árvore foi plantada. Cresci, vivi, envelheci, enquanto ela cresceu e hohe sembrea o outro lado da rua.

Modelos Perfeitos


Será que existe um modelo perfeito? Algo que não possa evoluir, melhorar?

Pessoa, música, ambiente, conceito, grupo, cor, símbolo, característica...

A perfeição existe? O que é perfeição? Essas são perguntas que ainda não podem ser respondidas, pois falta-nos uma coisa, busca-la.

Momentos...

Momentos...
"Mas aqueles anjos agora já se foram, depois que eu cresci"