segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Por todos os lugares.



Era noite, escura e fria noite. Não havia ninguém na rua, não haviam passos em casa, não haviam dialógos de novela, somente dois sons propagavam pelo ar: minha própria respiração e a linda voz da soprano que sai pelas pequenas caixas de som. Todo meu corpo flui com a música, e relaxe com o tênue cheiro do incenso de almiscar, e vou ao poucos tomando consciência de um novo estado, onde pensamentos são plenos, e sentimentos são calmos.

Minha consciência se expande por toda a casa, e ocupa todo o espaço... cada canto é invadido por meus pensamentos brancos, limpos. Expando-me ao quarteirão, ao bairro, a cidade... meus pensamentos não tem fim, crescem com o universo, pra todas as direções.
Aos poucos, minha consciência vai compactando-se, volta a minha casa, ao quarto, a minha cabeça, e fim. A música acaba.

7 Comments:

Anônimo said...

incrível esse negócio da mente se expandir por todo canto, e voltar a se compactar.


genial.
gostei muito cara.


x)

Lua Durand said...

é sempre assim.

a viagem dura até a música acabar.

é um pouco triste por sinal.


beijo

Anônimo said...

por isso que eu digo o que eu acabo de dizer no msn "música é coisa braba"... e algumas trazem nos acordes alguns tipos de entorpecentes

Anônimo said...

o êxtase musical, um dos melhores que existem

=D

beijo!!

Anônimo said...

muito bom seu blogger, encontrei o link na comunidade do orkut, parabens =]

Coffee Breaker said...

Gostei do seu ultimo texto. Gostei da magia envolvida em seu blog.. dá pra viajar .

abraço!

[?] said...

Interessante...
A sua construção imagética da cena funciona bastante bem!
A descrição do efeito da música tb, bem legal!
Em suma: boa rapaz!

Momentos...

Momentos...
"Mas aqueles anjos agora já se foram, depois que eu cresci"