quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

(06) Felicidade-silêncio

- Um ano depois –

Joanna caminhou lentamente pelo estreito caminho e sentou-se na calçada, admirando o reflexo da luz solar em seu trompete amarelo-ouro. Uma brisa leve afagava-lhe os cabelos. E fechando os olhos docemente, tocou uma suave melodia. Perfeitamente harmônica, a música soou pelo ar, enquanto lágrimas leves escorriam pelo rosto da garota. E depois de ecoada a última nota, ela sorriu.

Abrindo os olhos devagar, pegou com carinho o ramalhete de flores em seu colo, e colocou aos pés da lápide de sua mãe. Levantando-se, Joanna caminhou firmemente, sem olhar pra trás nenhuma vez.

Apesar de tudo, não se sentia triste. A tempestade de sua vida passara, e seu namoro com o Hill estava fluindo perfeitamente. Ela o amava de todo o coração, ele também. A confiança entre os dois era algo realmente admirável para um casal de pessoas tão novas, e um se dedicava ao outro de peito aberto, como todo respeito e companheirismo que o amor deles merecia.

Joanna estava a alguns meses dos seus 18 anos, porém, atingir a maioridade perante a sociedade não era nada diante do equilíbrio emocional e da maturidade que ela havia conseguido com o passar dos anos. Havia se tornado agora gerente da livraria, que tornou-se um ponto freqüentadíssimo devido às suas apresentações com o Hill. Tornara-se também membra do Conjunto de Sopros da Divisão, um verdadeiro feito para alguém com essa idade.

Ela e Hill dividiam um pequeno apartamento, e a casa de Joanna agora era alugada pra uma família estrangeira por um valor bem razoável. A Sarah e o Tom agora namoravam, pra espanto de todos. Muitas coisas mudaram por ali.

Joanna dera prosseguimento aos estudos e em pouco tempo poderia tentar uma faculdade, ou um curso profissionalizante. Apesar de lá não haver nada sobre música ou letras, que eram suas áreas de maior afinidade e domínio.

A jovem caminhou lentamente pelas ruas até chegar ao prédio em que morava. Subiu as escadas sem pressa alguma, e até cantarolava algo baixinho. E dando alguns rodopios pelo corredor, parou em frente ao 201, foi entrando despreocupadamente. Porém, ao virar-se deparou com uma figura estranha sentada de costas no sofá, tinha a cabeça raspada e vestia uma roupa suja e rasgada. Joanna sentiu um aperto no peito, e o ambiente encheu-se de um frio sobrenatural a arrepiar-lhe a pele. Sentiu medo, como a muito não sentia.


~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

Capítulo anterior:
http://loucurasredigidas.blogspot.com/2009/01/05-lagrima-despedida.html

6 Comments:

Luciana Brito said...

Oowwnnn...

Terminou com curiosidade no ar... Marco malvado u.ú

Espero anciosamente a cada novo capítulo. Ótima a história. Tocante.

Beijo Marco =]

Rodrigues, K. said...
Este comentário foi removido pelo autor.
Rodrigues, K. said...

Ahh não creio que terminou assim, continua, continua, por favor.... :D

Gosto tanto, mais tanto, de como você escreve. Ainda espero pela nossa parceria. Volta logo viu.

Beijo :*

Camila said...

Oh Marco, saudade de falar contigo!

Joanna ainda tem que caminhar, né?

Beijos

Thiago said...

ainda continuo guardando, um pouco de todos, espero pelo próximo, pelos motivos que não cabe mais citar aqui!

Unknown said...

Cara... Cada vez melhor... xD

Sdds de falar ctg, lek.

Momentos...

Momentos...
"Mas aqueles anjos agora já se foram, depois que eu cresci"