- Um ano depois –
Joanna caminhou lentamente pelo estreito caminho e sentou-se na calçada, admirando o reflexo da luz solar em seu trompete amarelo-ouro. Uma brisa leve afagava-lhe os cabelos. E fechando os olhos docemente, tocou uma suave melodia. Perfeitamente harmônica, a música soou pelo ar, enquanto lágrimas leves escorriam pelo rosto da garota. E depois de ecoada a última nota, ela sorriu.
Abrindo os olhos devagar, pegou com carinho o ramalhete de flores em seu colo, e colocou aos pés da lápide de sua mãe. Levantando-se, Joanna caminhou firmemente, sem olhar pra trás nenhuma vez.
Apesar de tudo, não se sentia triste. A tempestade de sua vida passara, e seu namoro com o Hill estava fluindo perfeitamente. Ela o amava de todo o coração, ele também. A confiança entre os dois era algo realmente admirável para um casal de pessoas tão novas, e um se dedicava ao outro de peito aberto, como todo respeito e companheirismo que o amor deles merecia.
Joanna estava a alguns meses dos seus 18 anos, porém, atingir a maioridade perante a sociedade não era nada diante do equilíbrio emocional e da maturidade que ela havia conseguido com o passar dos anos. Havia se tornado agora gerente da livraria, que tornou-se um ponto freqüentadíssimo devido às suas apresentações com o Hill. Tornara-se também membra do Conjunto de Sopros da Divisão, um verdadeiro feito para alguém com essa idade.
Ela e Hill dividiam um pequeno apartamento, e a casa de Joanna agora era alugada pra uma família estrangeira por um valor bem razoável. A Sarah e o Tom agora namoravam, pra espanto de todos. Muitas coisas mudaram por ali.
Joanna dera prosseguimento aos estudos e em pouco tempo poderia tentar uma faculdade, ou um curso profissionalizante. Apesar de lá não haver nada sobre música ou letras, que eram suas áreas de maior afinidade e domínio.
A jovem caminhou lentamente pelas ruas até chegar ao prédio em que morava. Subiu as escadas sem pressa alguma, e até cantarolava algo baixinho. E dando alguns rodopios pelo corredor, parou em frente ao 201, foi entrando despreocupadamente. Porém, ao virar-se deparou com uma figura estranha sentada de costas no sofá, tinha a cabeça raspada e vestia uma roupa suja e rasgada. Joanna sentiu um aperto no peito, e o ambiente encheu-se de um frio sobrenatural a arrepiar-lhe a pele. Sentiu medo, como a muito não sentia.
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quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009
(06) Felicidade-silêncio
Pensado por Eolo, Senhor dos Ventos... Às 22:09 6 pensamentos...
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Momentos...

"Mas aqueles anjos agora já se foram, depois que eu cresci"