quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Olhando pra dentro.

Muitas vezes nos frustramos por percebemos que não somos o que realmente pretendíamos ser... Em qualquer campo da consciência, sempre há algo em nós que se pudéssemos mudar nem pensaríamos dus vezes, seja alguma coisa no corpo, alguma mania, algum defeito, etc. Não estamos errados por buscarmos ver em nós mesmos coisas que não condizem com nossos gostos, porém, errado é aquele que sofre por não ser ou ter aquilo que queria, e muitas vezes violenta a si mesmo na tentativa de mudar aquilo que sem tem, exemplos disso não faltam no nosso dia-a-dia. E a cada dia mais são produzidas coisas para esse público, o público que nunca se agrada com o que é... aí vem toda uma lista de produtos: de chapinhas, maquiagem, cremes, perfumes, além, é claro, dos editores de foto. Não que esteja errado aquele que preserva certo grau de vaidade, faz bem sentir-se bonito, sentir agradável é muito bom. Porém, não podemos destruir o nosso "eu exterior" em decorrência da vaidade do "eu interior", tornando-se escravos do próprio ego. Quando se valoriza o que se tem de bom o que há de ruim fica em segundo plano... é tão ruim ver pessoas lindas por fora e vazias. Traçando outro parelelo com o dia-a-dia, quando vamos a um supermercado fazer compras já temos em mente o que queremos, então procuramos o produto que queremos, aí escolhe-se a qualidade que se precisa, pra só assim escolhermos entre levar o produto X ou Y, aí a embalgem entra como critério de desempate, seja por ser mais prática, mais bonita ou o que for. Porém, na vida preferimos o caminho contrário, primeiro vemos a embalagem pra só então vermos o conteúdo. E acabamos levando belas embalagens vazias. Isso não vale só para o outro... mas sim principalmente pra nós mesmos. Quantas vezes não deixamos pra lá o que há dentro pra tentar valorizar o que há fora?
E quando não conseguimos ver o que há dentro de nós mesmos tampouco conseguimos mostrar a alguem ou ver o que há dentro do outro... antes de valorizar o exterior do outro deveriamos valorizar nosso interior, assim consegue-se ser feliz sem ter de se machucar tanto.
"Cada pessoa atinge o céu de sua própria forma".

4 Comments:

Anônimo said...

foi um dos textos mais lindos que já vi no seu blog coco.

eu procuro cascas..
sempre analiso de fora, pra depois ver por dentro.
é errado, horrivel, mas acaba sendo inevitavel.
a gente sempre procura um rosto bonito e depois se importa com o que há dentro, claro q pra mim não é só a beleza que é fundamental...mas é o primeiro lance de desempate
rsrsrsrsrs


teamomuito³²³²

Feänor said...

O ser humano, nos tempos de hoje, é como uma cebola: camadas e mais camadas criadas pela sociedade condicionante fútil e do supérfluo isolam nosso verdadeiro "eu" do contato exterior...

Deixe-me lhe fazer uma pergunta: você é budista? Ou possui afinidade com o budismo, ainda que não seja um praticante? É a impressão que tenho com seus textos.

Boa reflexão...

Anônimo said...

ás vezes eu queria que todo mundo fosse do avesso!

texto bonito.

x)

abç.

Anônimo said...

Gracias, buen trabajo! Este fue el material que tenía que tener.

Momentos...

Momentos...
"Mas aqueles anjos agora já se foram, depois que eu cresci"